A ÉTICA CRISTÃ NA POLÍTICA, E OS DOMÉSTICOS DA FÉ.
Todo verdadeiro cristão, deseja
morar em uma pátria ou estado liberto da corrupção, da roubalheira e de toda
espécie de maldade, bem como viver sob leis que deturpam a Palavra de Deus. No
próximo ano exerceremos um importante direito cívico, o direito de escolher por
voto direto e secreto os nossos governantes: Presidente da República, Governador,
Senadores, Deputados Federais e Estaduais. Uma boa escolha resultará no bem da
nossa terra, mas uma má escolha contribuirá para que ela se torne ainda mais
doente, corrupta e com Leis sendo aprovadas em total confronto à Palavra de
Deus, como as que temos visto nesse governo atual.
Ao nos aproximar do período das
eleições, muitas dúvidas surgem na mente dos cristãos, deixando-os muitas vezes
perturbados por não saberem como agir diante do processo eleitoral. Muitos
votam sem critério, alguns não querem nem saber de política e outros se expõem
de mais, causando até mesmo escândalos na sociedade que enxerga o sujeito como
um cristão.
Queremos, na realidade, contribuir quanto às
questões que envolvem o cenário político, na intenção de que assim fazendo,
ajudaremos a Igreja a amadurecer no exercício da cidadania. Para facilitar nosso
raciocínio, elaboramos Dez Mandamentos da Ética Cristã na Política, propondo
postura ética e lúcida para o cristão em seu envolvimento com a política, e,
sobretudo, no momento de dar o seu voto.
1 - O voto é intransferível e
inegociável. Com ele o cristão expressa sua consciência como cidadão. Por isso,
o voto precisa refletir a compreensão que o cristão tem do seu País, Estado e
Município. O cristão não deve violar a sua consciência política. Ele não deve
negar a sua maneira de ver a realidade Social, não deve se omitir dos seus
deveres, mesmo que um líder da Igreja tente conduzir o voto da comunidade em outra
direção ou algum político tente comprá-lo.
2 - Os pastores e líderes devem
orientar os fiéis sobre como votar com ética e com discernimento. Num mundo
pluralista como o nosso, é fundamental a existência de valores éticos definidos
que norteiem a conduta do cristão, de modo que venha oferecer um modelo de vida
a sociedade. No entanto, os lideres religiosos devem evitar transformar o
processo de elucidação política num projeto de manipulação e indução político
partidária.
3 - Os lideres evangélicos devem
ser lúcidos e democráticos. Portanto, melhor do que indicar em quem a
comunidade deve votar, é instruir, a luz da Palavra de Deus, pois "Toda a
Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a
correção, para a educação na justiça" (2Tm 3.16).
4 - A diversidade social,
econômica e ideológica que caracteriza as nossas Igrejas deve levar os pastores
e lideres a não conduzir processo político-partidário dentro da Igreja, sob
pena de que em assim fazendo, eles dividam a comunidade em diversos partidos.
As Igrejas não devem conceder oportunidade a candidatos falarem no púlpito da
Igreja sobre questões política partidárias. Por sua vez, o candidato evangélico
que tiver oportunidade no púlpito da Igreja, deve falar exclusivamente a
Palavra de Deus, sem tocar na questão política.
A distribuição de material
político (santinhos e panfletos), só deve ser permitida na frente (fora dos
portões), respeitando-se o lugar sagrado; a Igreja.
5 - Nenhum cristão deve se
sentir obrigado em votar em um candidato pelo simples fato dele se confessar
evangélico. Antes disso, os evangélicos devem discernir se os candidatos são
cristãos comprometidos com a Palavra de Deus, bem se são pessoas que possuem
conhecimento e competência para assumir o cargo a ele confiado, pois em nada
adianta eleger alguém que so vai envergonhar, pelo fago de sendo eleito não ter
conhecimento para bem desempenhar o cargo e assim envergonhar a todos.
6 – É fundamental que o
candidato evangélico queira se eleger para propósitos maiores do que apenas
defender os interesses imediatos de um grupo religioso ou de sua Igreja. É
obvio que uma Igreja tem interesses que passam necessariamente pela dimensão
política. Todavia, é mesquinho e pequeno demais pretender eleger alguém exclusivamente
para defender interesses restritos às causas temporais da sua Igreja. Um
político evangélico tem que ser, sobretudo, um evangélico na política e não
apenas um despachante na política.
7 – Se há mais de um candidato evangélico,
os Pastores de Igrejas, devem dar um tratamento igualitário a todos, jamais fazendo
acepção entre candidatos evangélicos, ou seja; deve apresentar todos os
candidatos evangélicos à Igreja e deixar que os irmãos escolham entre eles o
que tenha mais competência e apresente melhor proposta de atuação política.
(Deuteronômio 17: 15)... Porás
certamente sobre ti como rei aquele que escolher o Senhor teu Deus; DENTRE TEUS
IRMÃOS PORÁS REI SOBRE TI; NÃO PODERÁS PÔR HOMEM ESTRANHO SOBRE TI, QUE NÃO SEJA
DE TEUS IRMÃOS.
“Não coloque um ímpio sobre você, para te governar”.
Observe a recomendação Bíblica: “QUANDO O JUSTO GOVERNA, O POVO SE ALEGRA, MAS
QUANDO O ÍMPIO DOMINA, O POVO GEME” – (Provérbios 29:2).
8 - Os fins não justificam os
meios. Portanto, o eleitor cristão não deve jamais aceitar a desculpa de que um
membro da Igreja votou em um determinado candidato, apenas porque obteve a
promessa de que conseguiria alguns benefícios para a Igreja, sejam emissoras de
rádio, terrenos para templo, emprego para os familiares ou membros da Igreja,
ou ainda qualquer troca de favores, não se pode, admitir que tais acertos
impliquem na deturpação da consciência de um cristão mesmo que a recompensa
seja aparentemente muito boa para os beneficiados. Isso é Crime Eleitoral
(corrupção) e é abominação diante de Deus.
(Êxodo 23: 8)... Também não
aceitarás peita, porque o suborno, cega os que têm vista, e perverte as
palavras dos justos.
9 - A fé deve ser prioritária,
às simpatias ideológicas, partidárias, conhecimento pessoal, laços familiares,
ou quaisquer outros interesses egoístas, por isso os eleitores evangélicos
devem votar em candidatos, baseados em programa de governo, observando
atenuantes e agravantes, postura ética, vida social sã e imaculada bem como credibilidade
do candidato.
*(Provérbios 22:1)... Vale mais ter um bom nome do
que muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a prata e o ouro.
10 - Nenhum membro deve se
sentir culpado por ter opinião política diferente da do seu pastor ou lideres
espirituais. O pastor deve ser obedecido em tudo aquilo que ele ensina em
relação à Palavra de Deus, sem, no entanto inclinar-se partidariamente para
qualquer ideologia política.
O pastor deve ser visto como cidadão que juntamente
com os demais tem deveres cívicos, além de ser prioritariamente, ministro do
Evangelho de Jesus Cristo.
Assim sendo, o que cabe a nós
cristãos, antes de qualquer outro cidadão, é praticarmos a justiça, dar o nosso
voto com discernimento e honestidade, deixando de lado quaisquer interesses
sórdidos, observando que temos compromisso prioritariamente com os DOMÉSTICOS
DA FÉ.
Os Santos, ao fazerem sua
profissão de fé, comprometem-se a manter uma santa associação e comunhão para
adorar a Deus e prestar outros serviços espirituais, que tendam à sua mútua
edificação, assim também têm compromisso de socorrer uns aos outros em coisas
materiais, de acordo com as habilidades e as necessidades de cada um.
Você não deve fazer subir um ímpio
em detrimento da derrota de seu irmão. LEIA:
*(Gl.6.10)... Por isso, enquanto tivermos
oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé.
Pastor João Marcos Ferreira.
Fonte:
Bíblia Sagrada (R.A.A)
Rev. Rosivan M. Rios