sexta-feira, 14 de março de 2014

FILADELFIA É A IGREJA QUE DEUS VÊ. LAODICEIA É A IGREJA QUE VOCÊ VÊ. (Apoc. 3:7 a 22)



FILADÉLFIA OU LAUDICEIA? (Apoc. 3:7 a 22)

O Evangelista João é considerado um dos discípulos prediletos de Jesus. Fazia parte do grupo dos três que Jesus seguidamente chamava para acompanhá-lo: Pedro Tiago e João. Assim foi na transfiguração de Jesus, assim foi no Getsemani quando foi preso. Na última ceia é João que está ao lado de Jesus, caracterizando-se por ser um dos discípulos mais jovens e que terminou sua vida em idade avançada (noventa e quatro anos) no final do primeiro século. Tamanha era a confiança de Jesus em João que Ele entregou sua Mãe a seus cuidados. João levou Maria para Éfeso segundo a tradição. No local de sua habitação hoje existe uma pequena Igreja considerada um santuário.
João foi perseguido pelo imperador Domiciano, sendo exilado na ilha de Patmos no ano de 95 d. C., no ano décimo quarto do reinado.  Foi no exílio que João declara: (Apoc. 1:10,11)... Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia. Nesse Breve estudo, falaremos sobre Filadélfia e Laodicéia.

Há um diferencial entre a Igreja de Laodicéia e a Igreja de Filadélfia.
Laodicéia é a Igreja que você “vê”.
Filadélfia é a Igreja que Deus vê. Uma Igreja de pouca força (fraca), mas uma Igreja que guarda a Palavra de Deus e não nega o seu nome, e por isso tem promessas. Observe o que João escreve (Apocalipse 3:7-13). 7 – Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fecha, e que fecha, e ninguém abre: 8 – Conheço as tuas obras, eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar  que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. 9- Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus, pese conhecer que eu te amei. 10 – Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. 11 – Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. 12 - Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome. 13 – Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Deus estabeleceu um padrão para o crente, e também uma prática e um galardão para o vencedor, e – como não poderia deixar de ser – também um castigo para o derrotado. Cada um de nós deve escolher de qual destas duas igrejas quer ser “membro” e ativo participante.

·         Características de Filadélfia.
- Filadélfia é a Igreja que Deus vê. Uma Igreja de pouca força (fraca), mas uma Igreja que guarda a Palavra de Deus e não nega o seu nome. Os crentes de Filadélfia amam os irmãos. Não é em vão que o termo significa “amor fraterno”. Deus olha para cada um de nós e nos vê cobertos pelo sangue do Seu Filho; e nos ama; e nos recebe; e nos abençoa, mesmo que não mereçamos. Ele tem paciência conosco; Ele nos ensina; Ele nos espera crescer; e não nos olha conforme os nossos defeitos ou idiotices, mas com misericórdia e amor excepcional. Mesmo tendo todo o poder, não nos consome; não desiste de nós; protege-nos da destruição do diabo. Os crentes de Filadélfia guardam a Palavra de Deus. É guardar a Bíblia no coração e não na gaveta. Esse guardar começa com uma metódica e disciplinada memorização de versículos. Precisamos ter um depósito de Logos lá dentro de nós. Em momentos de louvor, nos lembraremos da Palavra para louvar; em momentos de dor, encontraremos o refrigério na Palavra e o Rhema de Deus se fará realidade em nossa vida. Só conhecemos a Deus e o Propósito, e também o diabo e suas estratégias e o futuro, se guardamos Sua Palavra; só cremos se guardamos a Palavra; só descansamos em Deus contra circunstâncias e demônios, se guardamos a Palavra. Os crentes de Filadélfia não negam o nome do Senhor. Não estou me referindo aos períodos de duras perseguições (quando milhares realmente negam o Senhor), mas a algo mais simples, que se chama “dia-a-dia do crente”.

·         Características de Laodicéia. Laodiceia é a Igreja que você vê.
- Conheço as tuas obras (15): Como fez com todas as igrejas destes dois capítulos, Jesus expressa o seu conhecimento íntimo da igreja em Laodicéia. Ele anda no meio dos candeeiros (1:13,20; 2:1). Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! (15): As águas termais de Hierápolis ajudavam no tratamento de alguns problemas de saúde. As águas frias de Colossos eram boas para beber. Mas as águas mornas de Laodicéia basicamente não serviam para nada; só davam ânsia de vômito! Morno é o presunçoso, que pensa que já sabe tudo a respeito de Deus, que já tem tudo o que precisa em matéria de fé e de igreja, que já está satisfeito com sua vida cristã, que não precisa de ninguém que o ensine.

Assim, disse Deus: estou a ponto de vomitar-te da minha boca (16): Jesus olhou para a igreja de Laodicéia, contente no seu estado de autossuficiência e falsa confiança, e sentiu vontade de expulsá-la de sua presença. Pois dizes (17): As afirmações da própria igreja de Laodicéia não refletiam o verdadeiro estado dela. É fácil dizer que está tudo bem na vida espiritual de uma igreja ou de uma pessoa, mas Jesus sabe a verdade. Ele vê as obras e sonda os corações.

Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu (17): O orgulho dos discípulos de Laodicéia os cegou ao ponto de não enxergarem os seus problemas. Eles se achavam fortes e independentes, mas Jesus viu o estado real de uma igreja fraca, cega e infrutífera. A cidade de Laodicéia sofreu um terremoto em 60 d.C. e foi reedificada com recursos próprios, sem auxílio do governo romano. Parece que a igreja sentia a mesma atitude de autossuficiência, perigosíssima num rebanho de ovelhas que precisa seguir o seu Bom Pastor! Numa cidade conhecida por tratamentos de olhos, a igreja se tornou cega e não procurou o tratamento do Grande Médico. Precisavam da humildade dos publicanos e pecadores (Lucas 5:31-32). Numa cidade que produzia roupas de lã, a igreja andava nua, sem a vestimenta de justiça oferecida por seu Senhor (2 Cor. 5:3); (Col. 3:9-10).

Aconselho-te (18): Jesus não elogiou a igreja em Laodicéia, mas ofereceu conselho para guiá-la de volta à comunhão íntima com ele. Sugeriu três coisas necessárias para a igreja:
·         Comprar de Cristo ouro refinado. A verdadeira riqueza é espiritual, e vem exclusivamente de Deus. Ele oferece o ouro puro, refinado pelo fogo.
·         2. Comprar do Senhor vestiduras brancas. É Deus quem lava os nossos pecados e nos veste de pureza e de atos de justiça (3:4; 19:8).
·         3. Comprar de Jesus colírio para os olhos. Somente Jesus pode curar a cegueira espiritual que aflige os orgulhosos e autossuficientes. Foi exatamente o mesmo problema que Jesus criticou nos fariseus (Mateus 15:14; 23:25-26). É o mesmo problema de qualquer um que esquece a importância do sacrifício de Jesus e começa a confiar em si mesmo (2 Pedro 1:9).- Você é Laodicéia – a Igreja que vai ser vomitada, caso não mude!

- Laodicéia precisa de ouro. Por toda a Bíblia, ouro tipifica a natureza de Deus. Deus é amor; Laodicéia diz que ama, mas de fato só o que tem é uma religião farisaica que fede aos olhos de Deus. Deus é graça, mas o que Laodicéia mais deseja não é a salvação dos perdidos, mas sim o engrandecimento do seu próprio nome – e o seu crescimento numérico não é fruto de humilhação, mas de soberba.

- A Igreja deveria ser o referencial de justiça mais proclamado no mundo; entretanto, quão distante a vemos desse padrão! E sabe por quê? Porque estamos mergulhados num mar de falsidade e mentiras “evangélicas”, rodeados de falsos apóstolos, de falsos profetas, de falsos evangelistas, de falsos pastores, de falsos mestres – interesseiros e interessados em encher o seu próprio ventre de fartura e lazer, dinheiro, enquanto milhares caminham a passos largos para o Inferno! Sem justiça, a Igreja se apresenta nua diante do Rei e do mundo – e a Bíblia diz que ela será envergonhada por causa disso! Se você não passa de um “Maria-vai-com-as-outras”, que fica contente quando vê alguns crentes fazendo o que você tem vontade de fazer de errado, e encontra neles argumentos para proceder também impiedosamente, ao invés de caminhar contrário a eles, você é Laodicéia – e está com as vestes manchadas! Essas igrejas pregam a prosperidade como "marketing", para atrair as pessoas, onde a maioria delas frequentam essas igrejas por ambição e vontade de ficarem ricos, não pela salvação espiritual. Já reparou na quantidade de "pobres" (tanto de dinheiro quanto de espírito) que frequentam essas igrejas, entregam praticamente todo seu salário na esperança de ter a tão sonhada prosperidade? Não é o conforto espiritual que querem - querem é casa própria, carro do ano, pagar dívidas, etc. etc. algumas doutrinas estão divinizando os bens materiais, e certamente vão na contra mão com os ensinamentos de Cristo. Veja o que Paulo escreveu: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” 1 (Coríntios 15.19).

- Laodicéia precisa adquirir bens espirituais... Aconselho-te que de mim compres:
I - “ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres..." - Os bens materiais não garantem a posse das riquezas eternas. Jesus adquiriu as riquezas eternas através do Sangue que Ele verteu na cruzem nosso favor. Nós alcançamos as riquezas eternas somente através da fé em Cristo. Em (1 Pedro 1:7) a Palavra diz: "...para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo;"

Em (Isaías 55:1-2), Deus convida a todos que comprem tudo o que precisam, sem dinheiro algum: "Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares."
Portanto, a morte de Jesus comprou tudo isso para nós, mas a igreja de Laodicéia não colocava Jesus em primeiro lugar, e por isso ela jamais comprou das riquezas eternas.

II - “... vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez..." - As vestes brancas são aquelas que deveriam vestir sempre a igreja de Jesus Cristo na terra. Laodicéia, por todas as razões já descritas, obviamente não as vestia. Laodicéia não assumia o papel digno da Noiva de Cristo na terra, e consequentemente manchava suas vestes. As vestes da igreja de Laodicéia são as vestes de religiosidade, que têm aparência de santidade, de retidão. Mas na visão de Jesus, ela está nua, totalmente desprovida das vestes celestiais para representá-Lo dignamente aqui na terra.

III - "...e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas." - Com essa afirmativa de Jesus, ele diz que a visão espiritual da Igreja de Laodicéia era nula ou muito limitada. Apenas dando oportunidade do Espírito Santo atuar em seu meio, uma igreja será dotada de olhos de águia em seu ministério. O Espírito Santo é, portanto, o colírio o qual Jesus se refere.

Resumo:
Sabemos que a Igreja é o único projeto de Deus e Ele acredita em Seus projetos. Na sua ótica carnal, talvez você se sinta confrontado com o que “vê” na Igreja e se inquiete porque muitas coisas que você reputa por “erradas” o incomodam; ou talvez você se sinta pequeno e frágil para falar ou mudar o que quer que precise ser mudado e, por isso, ao invés de lutar, de compartilhar, de participar, você resolve desistir. Não se preocupe com a infantilidade da Igreja que “você vê”; creia no que a Palavra de Deus que é a verdade. Não desista da Igreja porque você teve uma decepção (ou mais); nem todo o que diz professar o Nome, está dizendo ou vivendo a verdade.
Não se preocupe com o fato de que milhares estão vivendo uma vida cristã falsificada. Faça a sua parte! Cumpra o Propósito você! Seja aquilo que você tem desejo de cobrar aos outros para que o sejam! A geração do arrebatamento é esta, pois vimos a figueira nascer.
Mas Jesus não virá para arrebatar as crianças, e sim os maduros os vencedores Paulo dizia: (1 Cor 13 11‎)... “Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança, desde que me tornei homem, eliminei as coisas de crianças”. Há um remanescente que anda no espírito; que vive em vitória; que está maduro, e o Senhor virá para estes. Os demais passarão pela tribulação.

A – A Igreja de Filadélfia está preparada, esperando o Senhor a qualquer momento! Seus pés estão na Terra por uma simples questão de lei de gravidade, enquanto que sua mente, seu coração, suas motivações, seus investimentos, seu tesouro, seu prazer, estão no Reino!

B – A Igreja de Laodicéia é autossuficiente, gloria-se em si mesma, não em Cristo, e encaixa-se precisamente nas características que Jesus declarou em (Mateus 7:22-23)... "Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade." "...e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu." Essa é a real descrição da igreja de Laodicéia no ponto de vista de Jesus Cristo. Apesar de sua riqueza material aparente, Laodicéia é infeliz e miserável espiritualmente. Também seus membros eram pobres nesse mesmo sentido, porque não conheceu ao Senhor Jesus verdadeiramente.
Jesus também afirma que são cegos – trata-se de uma cegueira espiritual, a mesma dita em (2 Cor. 4:4): "...nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus." É muito fácil usar esse versículo referindo-se ao mundo, sendo que ele também serve para os crentes que estão cegos espiritualmente - caso da igreja de Laodicéia.

E quanto a você? Qual é a sua postura? Você ama seus irmãos como são; os respeita com a consciência de que, apesar de “defeituosos”, custaram a Jesus o Seu precioso sangue? Você abençoa os irmãos; faz tudo o que está ao seu alcance para que eles cresçam e cheguem, no mínimo, até à estatura em que você próprio se encontra? Você não desiste dos irmãos, apesar de saber que têm defeitos enormes e precisam de cura espiritual? Se você procede assim, com certeza, você é Filadélfia!
Você busca as coisas espirituais ou apenas se preocupa com as coisas dessa vida
Como você se comporta no seu trabalho? Sua integridade é à prova de vigilância do seu superior? Você fala sempre a verdade, ainda que isso signifique perder algo importante? Você fala do Senhor Jesus aos seus amigos descrentes, ao invés de se omitir completamente? Você tem prazer em dizer que é crente, ao invés de se assentar omisso na roda dos escarnecedores? Você diz palavras sadias, pensa com pureza, dá alimento para o seu espírito e mata a carne? Em qualquer circunstância, você se posiciona como crente e procura influenciar ao invés de ser influenciado – ainda que seja criticado ou perseguido? Se você age desta forma, você é Filadélfia!

Bibliografia: ANDRADE, Milton A. Santidade e poder. 1.ed. São Paulo: Associação do Ministério Ágape Reconciliação, 2005. BÍBLIA DE ESTUDO ALMEIDA (RA). 2.ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. BÍBLIA DE ESTUDO PROFÉTICA TIM LAHAYE (ACF). 1.ed. São Paulo: Editora Hagnos, 2006. 1362 p. HEIDLER, Robert. How is your lampstand burning? Understanding the seven churches of Revelation. Audio CD. Glory of Zion International Ministries, 2006. HEIDLER, Robert. The sevenfold Spirit of God. Audio CD. Glory of Zion International Ministries, 2006. ITIOKA, Neuza. O intercessor como colaborador de Deus. Apostila de estudo. Sâo Paulo: Ministério Ágape Reconciliação, 2006. LAHAYE, Tim. Apocalipsis sin velo. 1.ed. Miami: Editorial Vida, 1999. LELIÈVRE, Mateo. João Wesley: sua vida e obra. 1.ed. São Paulo : Editora Vida, 1997. 373 p. MASTRAL, Daniel e MASTRAL, Isabela. Rastros do oculto. 1.ed. São Paulo: Editora Naós, 2004. 400 p. PENTECOST, J. Dwight. Manual de escatologia. 5. ed. São Paulo: Editora Vida, 2006. SAUSSURE, A. Lutero: o grande reformador que revolucionou seu tempo e mudou a história da igreja. 1.ed. São Paulo : Editora Vida, 2004. 168 p.THE NEW TESTAMENT (The Greek text underlying the English authorized version of 1611). London: Trinitarian Bible Society, 1998. 480 p.
AP. FERREIRA, JOÃO MARCOS.

quinta-feira, 13 de março de 2014

PRIORIZANDO A VONTADE DE DEUS.



Priorizando a Vontade de Deus

Uma das perguntas mais frequentes que ouvimos é “Como é que eu posso saber a vontade de Deus sobre...”. Às vezes é uma questão de relacionamentos (namorar com esse, ou não; casar com aquele, ou não). Outras vezes a dúvida é em relação a emprego, mudança de cidade, escolha de carreira, etc. Às vezes tem-se bastante tempo para buscar a resposta. Outras vezes a resposta precisa ser encontrada numa questão de horas.

Seja qual for sua situação, há algumas dicas que podem ajudar. Vários anos atrás, perguntei a um homem de Deus como tomar uma decisão de entrar num seminário para me preparar para servir num ministério. Ele deu as seguintes dicas. Eu as elaborei um pouco mais com passagens bíblicas que mostram que há um fundamento para todas elas. Há apenas cinco. Eu as coloco aqui na esperança de que, havendo necessidade, possam lhe ajudar. Que Deus seja sempre seu guia.

1 - Priorizando Deus em nossas ações.
O próprio Jesus nos deu exemplo de que devemos priorizar a vontade de Deus.
- Veja quando Jesus ensinou a orar; (Mt. 6:9 a 13)... (v.10)... Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.
- "A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra" (Jo 4.34).
- “Mas é para que o mundo saiba que eu amo o Pai, e que faço como o Pai me mandou”. Levantai-vos, vamo-nos daqui. (João 14:31).
- (Mar 14:35-36)  E, tendo ido um pouco mais adiante, prostrou-se em terra; e orou para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora. E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porem, o que eu quero, mas o que tu queres. Faça-se a tua vontade.

2. Relacionamento com Deus em oração - Deus promete dar sabedoria e discernimento a todos que pedem. Precisamos pedir a Deus. Precisamos pedir com fé.
(Tiago 1:5-6) Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Peça-a, porém, com fé, sem duvidar, pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento. Procure melhorar seu relacionamento com Deus em oração e, surpreendentemente, você verá que as respostas dEle às suas dúvidas virão de forma cada vez mais tranquila e natural.

3. Observando a Palavra –
- (Salmos 119:9-11)... Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o de acordo com a tua palavra. De todo o meu coração tenho te buscado; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti.
- Rom. 12:1-2 “transformai-vos pela renovação da vossa mente”. Nossas mentes tendem a fazer decisões baseadas em modelos de pensamento, e valores anteriores à nossa conversão, ou seja, em valores do mundo. Esses valores podem nos levar a decisões erradas. Só a mente renovada pela palavra de Deus pode fazer boas decisões.

Podemos procurar passagens que ensinam sobre a nossa dúvida quanto à vontade de Deus, ou passagens que nos dão princípios bíblicos para nos guiar. Em tudo, precisamos estar observando o que a palavra de Deus ensina.

4. A orientação do Espírito Santo – Ele foi enviado para nos orientar e consolar.
Salmos 143:10 “Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus, que o teu bondoso Espírito me conduza por terreno plano”.

O Espírito Santo é dado aos crentes como uma "primeira parcela" para assegurar-nos de que a nossa plena herança como filhos de Deus será entregue.
O Espírito Santo nos é dado para confirmar que pertencemos a Deus, o qual nos concede o Seu Espírito como um dom, assim como Sua graça e fé são dons (Efésios 2:8-9). Através do dom do Espírito, Deus renova e nos santifica. Ele produz em nossos corações os sentimentos, esperanças e desejos que são evidência de que somos aceitos por Deus, que somos considerados Seus filhos adotivos, que a nossa esperança é genuína e que a nossa redenção e salvação são certas da mesma forma que um selo garante um testamento ou acordo. Deus concede-nos o Seu Espírito Santo como o penhor certo de que somos Seus para sempre e seremos salvos no último dia. A prova da presença do Espírito é a Sua transformação no coração que produz o arrependimento, o fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23), a conformidade com os mandamentos e vontade de Deus, uma paixão pela oração e louvor, assim como amor pelo Seu povo. Essas coisas são as evidências de que o Espírito Santo renovou o coração e que o cristão está selado para o dia da redenção.

Por isso, é através do Espírito Santo, Seus ensinamentos e poder orientador que somos selados e confirmados até o dia da redenção, completos e livres da corrupção do pecado e da morte. Porque temos o selo do Espírito em nossos corações, podemos viver com alegria, confiantes de nosso lugar certo em um futuro que contém glórias inimagináveis.

5. Buscando Conselhos de Cristãos maduros - (Prov. 12:15); (15:14; 18:15); (20:18) “O caminho do insensato aos seus próprios olhos parece reto, mas o sábio dá ouvidos aos conselhos.”

- Roboão, um dos filhos de Salomão, um dos homens mais sábios da Bíblia, ao em vez de escutar os conselhos dos anciãos de Israel, escutou seus jovens amigos, e assim dividiu ao povo de Israel (1 Reis 12). É mais sábio procurar uma pessoa com experiência e bom exemplo na vida Cristã. Este homem ou esta mulher geralmente terá melhores condições de nos indicar qual seria a vontade de Deus.

Você conhece algumas pessoas em cujas vidas você vê Jesus? Procure os conselhos destas pessoas. Novamente, ao invés de esperar para a hora decisiva, é melhor começar a desenvolver estas amizades bem antes. Assim, teremos mais confiança na orientação desses irmãos mais maduros.

6. Só Deus conhece os nossos caminhos e o que devemos fazer, e quando fazer. Atos 16:6-7 “E, percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu.” Paulo queria ir para a Ásia, porem Deus tinha outros planos. Deus fechou portas no caminho de Paulo. Paulo acabou indo a Filipos, onde uma igreja importante foi fundada.

Deus quer nos mostrar o caminho. Só Ele pode nos mostrar a direção certa. Salmos 25:4-5 “Faze-me, SENHOR, conhecer os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas. Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação, em quem eu espero todo o dia”.

Se você quer seguir algum caminho, pergunte primeiro a Deus qual é a sua vontade. Se for a vontade de Deus, as portas vão abrir. Se não for, você pode forçá-las, mas pode depois vir a se arrepender devido ao que encontrar do outro lado daquelas portas. Esteja sempre atento para a vontade de Deus e para as portas se abrindo ou fechando de acordo com Sua vontade. "Se o Senhor quer…" Planos atividades e projetos. Tudo sobre o futuro: “amanhã farei isto ou aquilo”. “Em tal dia eu irei lá”. “No dia tal deste mês vou iniciar este trabalho”. Não há nada de errado em fazer planos e ter visões para o futuro. O que é errado, contudo, é fazer planos que não sejam submetidos ao Senhor e dos quais não buscamos a Sua aprovação. Tiago nos diz algo a respeito: (Tiago 4:13)... “Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos.” Contudo não sabeis o que acontecerá amanhã. Pois o que é vossa vida? É como vapor que aparece por um tempo e logo se vai. Ao contrário deveria dizer, “se o Senhor quiser, faremos isto ou aquilo.” Você, porém se vangloria em sua soberba. “Toda soberba é maligna.”

Ao fazer planos há algo muito importante, o “se”, que jamais deveríamos deixar de usá-lo: “se o Senhor quiser, faremos isto ou aquilo.” Fazer planos não é ser arrogante. O que é arrogante é comportar-se como se tivesse total autoridade sobre a realização desses planos, isto é, ter controle sobre o amanhã. Como sabemos ninguém tem tal autoridade. “Você não sabe o acontecerá amanhã.”
Paulo se dirige à Igreja de Corinto, dizendo: (I Coríntios 16:5-7)... Desta vez, “Irei, porém, ter convosco depois de ter passado pela Macedônia (porque tenho de passar pela Macedônia). E bem pode ser que fique convosco, e passe também o inverno, para que me acompanheis aonde quer que eu for. Porque não vos quero agora ver de passagem, mas espero ficar convosco algum tempo, se o Senhor o permitir.” “Se o Senhor permitir, “Querendo Deus”, “Se Deus quiser” devia acompanhar cada plano que fazemos. Cada plano devia ser entregue nas mãos do Senhor. Ele também tem um plano para nossa vida. Como
_Lemos em (Jeremias 29:11)... “Pois eu bem sei os planos que estou projetando para vós, diz o Senhor; planos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança.”
_Lemos em (Isaías 55:8-9)... “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.”
_ O Salmista em (Salmo 40:5)... “Muitas são, SENHOR meu Deus, as maravilhas que tens operado para conosco, e os teus pensamentos não se podem contar diante de ti; se eu os quisera anunciar, e deles falar, são mais do que se podem contar.”
_Paulo escrevendo aos Efésios, diz: "Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!" (Efésios 3:20-21)

Escreveu o Profeta Oseias: (Oseias 6:3)... Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra. Assim, quanto mais O conhecermos, mais claramente entenderemos e ouviremos Sua vontade. Por isso é bom desde já buscar conhecer cada vez mais a Deus.

O Salmista nos afirma (Salmo 139.6) Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; elevado é; não o posso atingir.
Essa é a explicação do porque devemos prosseguir em conhecer ao Senhor. Conhecer ao senhor em sua plenitude é impossível ao homem, pois não temos capacidade de entender tão grande amor "amor de tal maneira", e tão grande poder. Oséias mostra que devemos prosseguir em conhecer, pois o conhecimento de Deus é inesgotável, e cada dia que conhecemos mais de Deus, descobrimos que nada sabemos, e que mais dependemos do seu amor.

 Deus nos abençoe.
Apóstolo João Marcos.


quarta-feira, 12 de março de 2014

Parabéns Pastor Geremias - QUE POSSAMOS REFLETIR.



Pregadores ou profissionais de púlpito?

Pastor Geremias Couto
Uma voz que não se cala.

Nada tenho contra eventos e a participação de pregadores convidados, embora continue a crer que tornar essa prática uma rotina na igreja local pode gerar todo tipo de consequências, entre elas a falta de substância, a perda de identidade, além de uma exposição bíblica acidentada e fragmentada, em virtude das diferentes visões daqueles que vêm de fora. Tal fato se agrava quando ditos pregadores são profissionais de púlpito, portadores de um número limitado de mensagens - aquelas que mais agradam ao auditório - e por isso mesmo passam a pregar no "piloto automático", ou seja, de forma mecânica, com uma "graça" que não é graça, apelando a todos os chavões para movimentar a plateia. Com as exceções de praxe, sei que isso muitas vezes acontece por faltar na igreja local quem exponha de forma consistente a Palavra de Deus. Mas não deveria ser assim.

Este é o ponto que gostaria de focar nesta postagem.

Entendo que pregar é uma tarefa que nos impõe enorme responsabilidade. Não é simplesmente cumprir mais uma agenda, fazer uma exposição verborrágica e partir para o próximo compromisso. Não é massagear o ego dos ouvintes, enquanto os nossos bolsos são massageados com polpudos cachês. Não é contar um monte de histórias, a maioria delas inverossímeis, enquanto o nosso histórico é mais capenga do que carro dos anos 60 sem manutenção. Não é um exercício de oratória com o propósito de mostrar as nossas habilidades retóricas, que não passam de esqueletos sem carne e sem vida.

Afinal, o que é pregar?

Pregar significa, antes de tudo, comprometimento com Deus de tal maneira que nossa comunhão com ele seja como o nosso fôlego: se nos faltar, morremos. Isso implica em vida de oração, na qual a ênfase não é para o monólogo, onde falamos sozinhos, mas para o diálogo, onde a nossa intenção é ouvir mais e falar menos, mas dialogar com aquele que muitas vezes usa as janelas mais simples da vida para nos ensinar preciosas lições. Pregar implica, também, em ter prazer na leitura da Escritura. Não lê-la simplesmente com intuito acadêmico, mas com a finalidade de metabolizá-la e torná-la parte indissociável de nossas vidas. É saboreá-la assim como se saboreia a comida mais prazerosa que nos é oferecida. É cumprirmos um "rito" que se assemelha ao que usamos quando estamos diante de uma boa refeição. É degustar, enquanto comemos.

Afinal, o que é pregar?

Pregar significa deixar que a mensagem fale primeiro ao nosso coração antes de entregá-la ao povo. Não é um processo da noite para o dia. É laborioso, leva tempo, exige reflexão, meditação, assimilação e compreensão. Requer ousadia para permitir que ela - a mensagem - nos corrija e nos leve a um patamar de piedade em que somos expurgados de nossos pecados, o nosso "eu" é subjugado e o "eu" de Cristo predomine em plenitude. Enquanto a mensagem for algo pensado apenas para os ouvintes, terá menos valor até porque ela poderá produzir os seus efeitos, mas ficaremos de fora por não os experimentarmos nós mesmos. Precisamos pensá-la, antes, sobre de que forma ela se aplica em nós, quais os resultados  produzirá em nosso coração. Em uma frase: o pregador prega primeiro para si mesmo. Se não for assim, é melhor deixar de pregar.
Afinal, o que é pregar?

Pregar é expor todo o conselho de Deus sem se preocupar se o povo aceitará ou não a mensagem. É obvio que pregamos com o propósito de edificar os ouvintes, mas pode ser que, no primeiro momento, essa edificação não seja aceita de bom grado por expor as vísceras pecaminosas de cada um, por configurar uma forma de retirar os carrapichos das ovelhas. Pode ser um momento sofrido, de dor, extremamente desconfortável, que, na hora, poderá causa rejeição, mas depois a alegria virá multiplicada pelos efeitos que produziu. Com isso, não advogo a estupidez, o uso da franqueza para justificar a grosseria, mas a fidelidade à mensagem que precisa ser transmitida.

Afinal, o que é pregar?

Pregar não é agir como camaleão, que muda de cor de acordo com as circunstâncias. Se o ambiente é conservador, a mensagem é conservadora. Se, por outro lado, o ambiente é liberal, a mensagem é flexibilizada. Entendo que, de acordo com o lugar, temos de usar linguagem adequada com a finalidade de tornar compreensível a mensagem para o auditório ao qual pregamos. Não ponho também em dúvida a necessidade de contextualizá-la ao meio, que é extrair de um texto escrito há milhares de anos a mensagem que se aplica à realidade atual. Refiro-me, de fato, àqueles que mudam o teor, alteram o conteúdo, aliviam os conceitos ou fazem tudo ao inverso só porque querem ficar "bem na fita" no ambiente em que estão. Para esses não há outra maneira de qualificá-los: são simplesmente profissionais de púlpito.

Temos de pregar a tempo e fora de tempo. Mas precisamos estar dispostos a sermos apenas ferramentas nas mãos de Deus. Não somos "showman". Não somos a pessoa para a qual os olhos dos ouvintes devem estar voltados. Não somos produtores de espetáculo. A mensagem não é nossa. Somos apenas o meio para que a glória seja sempre de Deus.

•Uma reflexão maravilhosa, que deve ser levada a sério por cada um de nós.
Pr. João Marcos.