O RAÇÃO E UNÇÃO. PRINCÍPIOS NORTEADORES
PARA UMA PRÁTICA SAUDÁVEL
"E quando orardes, não sereis como os
hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças
para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a
recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta,
orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te
recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque
presumem que pelo muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles:
porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho
peçais." (Mt 6.5-8).
A oração na vida do cristão é fundamental. - Orar é
falar com Deus, estabelecer uma relação de comunhão e amizade que garante
direção e orientação para a vida. Sobre a oração muitas frases foram escritas
com o objetivo de ressaltar a sua importância. O cristão nunca deve permitir que o adversário o
derrube a não ser de joelhos em oração?.
Oração Saudável.
O Senhor Jesus no sermão do monte estabelece alguns
princípios norteadores para uma prática de oração saudável. Em primeiro lugar a
nossa oração não deve ser um exercício de aparente piedade. Alguns fazem oração
com o objetivo de se destacarem perante os outros. O juízo de Deus foi severo
ao chamá-los de hipócritas, isto é, pessoas que demonstram algo diferente do que
na realidade vivem. Em segundo lugar a oração não se deve prender à formulas,
métodos, repetições como os seguidores de outras crenças e religiões. É
justamente esse ponto que queremos esclarecer. Não podemos nos apegar em formas
de oração que não têm relação com a Bíblia.
Um assunto tem sido objeto de preocupação: a unção.
No Novo Testamento a única referência que temos ao uso da unção com óleo na
igreja está em Tg 5.14,15a.
"Está entre vós alguém doente? Chame os
presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em
nome do senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará...”.
Nos tempos bíblicos, o óleo era utilizado para fins
terapêuticos, indicando para os dias de hoje que o Senhor pode curar através
dos médicos e remédios. Mas o óleo também é um símbolo da presença do Espírito
Santo, indicando que Deus pode curar sobrenaturalmente o doente sem a
intervenção da Medicina. A unção de enfermos descrita por Tiago está
relacionada com a passagem em Mt 6.13 onde os discípulos de Jesus também ungiam
enfermos:
“Expeliam muitos demônios e curavam numerosos
enfermos, ungindo-os com óleo".
Outras referências de unção no NT são relativas a
Jesus: a unção dos pés de Jesus por uma mulher (Lc 7.38) e a unção do corpo de
Jesus após sua crucificação com óleos aromáticos (Jo 19.39,40).
Cristo e os apóstolos oraram pela cura de enfermos
de várias maneiras. Devemos entender que a cura pode acontecer com ou sem a
unção com óleo. Se a vontade de Deus é a cura de uma pessoa, a forma não irá
influir.
Na Bíblia não existem referências que apoiem uma
unção indiscriminada. No Antigo Testamento a unção estava relacionada com reis,
profetas e sacerdotes. Por exemplo, Samuel unge a Saul e a Davi (I Sm 10.1; I
Sm 16.13) e Elias no monte Horebe recebe a ordem de Deus para ungir os reis
Hazael e Jeú e o profeta Eliseu. Essa unção era realizada uma única vez como
sinal de autoridade divina delegada aos líderes do povo de Israel. Atualmente
no momento da consagração de um pastor é feita a unção pelos outros pastores,
baseada nesses textos, como símbolo de autoridade.
A não ser que haja uma direção específica de Deus
compartilhada por toda a Igreja e a liderança para ungir nos casos que não são
mencionados na Bíblia, não é aconselhável a prática da unção para qualquer
situação. O uso da unção, não pode ser banalizado em nosso meio. Há lugares em
que crentes fazem unção no local da doença trazendo constrangimento aos
enfermos, mandam beber o óleo para doenças internas e ungem até animais. Nós
não aceitamos essas aberrações.
Consoante a unção de objetos, no Antigo Testamento
em Êxodo 30.22-33 os utensílios do Tabernáculo e o sacerdotes foram ungidos com
óleo aromático especial para a obra de Deus na época de Moisés. Essa unção
simbolizava uma consagração daquele local e do seus objetos para serviço
exclusivo da obra de Deus. Não devemos utilizar esse texto para justificar a
unção de objetos, pois a passagem bíblica não é normativa, mas, sim, um evento
isolado e específico. Deus não está dizendo que devemos ungir carro, casa, instrumentos,
fotos, roupas, cartas etc. O Tabernáculo simbolizava a vida do cristão e o
óleo, o Espírito Santo. Hoje Deus já tem nos ungido com a presença gloriosa do
seu Espírito não necessitando de outra unção.
Alguns advogam que roupas precisam ser ungidas,
dizendo que o apóstolo Paulo assim o fazia. O texto bíblico não confirma essa
versão:
"E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres
extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do uso
pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam de suas vítimas, e os
espíritos malignos se retiravam". At 19.12.
Paulo não pedia para que trouxessem roupas para
serem ungidas, mas roupas eram levadas para os doentes. Com Jesus aconteceu
algo semelhante, uma mulher hemorrágica foi curada tocando as vestes de Jesus.
Mas é importante ressaltar, nem Jesus, nem Paulo orientaram as igrejas a
praticarem esse tipo de cura. Simplesmente aconteceu naqueles lugares,
mostrando que Deus age de formas distintas e maravilhosas.
A respeito da unção podemos concluir o seguinte: Deus
orienta a igreja a ungir somente enfermos (Tg 5.14,15). No AT Deus mandava
ungir apenas reis, profetas, sacerdotes como símbolo da presença do Espírito
Santo. Hoje o Espírito de fato está na vida do cristão. Os únicos objetos
ungidos eram aqueles utilizados no Tabernáculo. Hoje os utensílios ungidos são
os dons e os talentos do cristão que é o Templo do Espírito Santo na
atualidade. Jesus e Paulo não deram nenhuma instrução para ungir roupa. Não
devemos agir sem conferir a nossa prática com a Bíblia. Mesmo que alguns líderes
tenham esse costume, ou até mesmo igrejas; não devemos fazer algo porque está
na última moda ou porque aprendemos assim. Paulo elogiou os bereanos porque
conferiam na Bíblia o que ele estava pregando.
Não somos infalíveis, mas, como igreja, devemos
pregar a Palavra de Deus no poder do Espírito Santo. Conferir nossas atitudes e
práticas com a Bíblia não é ser tradicionais, mas sim crentes no Senhor Jesus.
A unção de objetos com óleo é igual ao uso de
amuletos, feitiçarias, simpatias e outras crenças inúteis do homem. A
verdadeira fé não necessita dessas coisas. Dizer que um óleo é capaz de mudar
nossas vidas fica por conta da imaginação fértil de cada um. Qual a diferença
entre "consagrar" um objeto e usar um pé de coelho para dar sorte?
Nenhuma. Pura superstição. Esta é mais uma distorção de aproveitadores e
ignorantes da palavra, mas que se aproveita de um povo mais ignorante que se agrada
de e se ilude com belos cerimoniais.
As Igrejas que ungem têm mais chances de estar
cheias do que igrejas que não ungem com óleo. Por causa da presença
diferenciada do Espírito Santo? Claro que não, é por o "espetáculo"
fica mais bonito.
É por falta de conhecimento que vemos muitas
pessoas perecer, na ilusão de que estão servindo a Deus, seguindo Líderes que não conhecem a Bíblia e se dão a
ensinar, na alegação de que Deus não exige conhecimento para pregar.
O contexto bíblico afirma que devemos
manejar bem a Palavra de Deus, e que não a conhecer, é Erro.
a) [2 Timóteo 2:15]... "PROCURA APRESENTAR-TE
A DEUS APROVADO, COMO OBREIRO QUE NÃO TEM DE QUE SE ENVERGONHAR, QUE MANEJA BEM
A PALAVRA DA VERDADE."
b) ERRAIS,
NÃO CONHECENDO AS ESCRITURAS, NEM O PODER DE DEUS. (Mateus 22.29)
Veja o que Deus falou:
Isaias 1:3... O boi conhece o seu possuidor, e o
jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo
não entende.
Oseias 4: 6... MEU POVO FOI DESTRUÍDO POR FALTA DE
CONHECIMENTO. “Uma vez que vocês rejeitaram o conhecimento, eu também os
rejeito como meus sacerdotes; uma vez que vocês ignoraram a lei do seu Deus, eu
também ignorarei seus filhos”.
Não se pode ensinar, sem conhecer o que estamos
ensinando. A Bíblia deve ser estudada. Por que a Bíblia deve ser estudada? Leia:
1. Ela é a luz para quem está procurando a verdade:
“A Tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu
caminho.” (Salmo 119.105) e “Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a
verdade.” João 17.17
2. As Escrituras são o alimento para a alma:
“Quando as tuas palavras foram encontradas, eu as comi; elas são a minha
alegria e o meu júbilo, pois pertenço a ti, SENHOR Deus dos Exércitos.” (Jeremias
15.16).
I Pedro 2.1-2... “Portanto, livrem-se de toda
maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência.
Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para
que por meio dele cresçam para a salvação, agora que provaram que o Senhor é bom.”
3. É o meio usado pelo Espírito Santo para nos
falar: “Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de
Deus.” (Efésios 6.17).
Paulo afirma: (2 Timóteo 3:16)...Toda Escritura é
divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para
corrigir, para instruir em justiça;
O apóstolo Pedro nos adverte contra as fábulas
engenhosas. (2 Pd 2.16)... Porque não seguimos fábulas engenhosas quando vos
fizemos conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, pois nós
fôramos testemunhas oculares da sua majestade.
Todo modo de pensar e viver que esteja em
contradição com a Bíblia é uma fábula engenhosa.
Cuidado! amados.