sábado, 16 de fevereiro de 2019

A IDOLATRIA NOS TEMPLOS DE HOJE, NÃO FICARÁ IMPUNE;


NÃO FICARÁ AQUI PEDRA SOBRE PEDRA QUE NÃO SEJA DERRIBADA.

E, saindo JESUS do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, olha que pedras, e que edifícios! E, respondendo Jesus, disse-lhe: Vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada. (Marcos 13:1,2).

Os Templos e a idolatria. O templo, projetado por Davi e construído por Salomão quase quatro séculos antes de Ezequiel, representava a presença de Deus no meio do seu povo escolhido. Como casa de Deus, servia para lembrar o povo diariamente da sua relação especial com o Criador do mundo. O pensamento dos judeus da época de Ezequiel foi baseado na sua confiança na presença de Deus: Deus pode estar bravo por causa de séculos de idolatria e rebeldia por parte dos seus filhos, mas ele jamais deixaria alguém destruir a sua casa. Enquanto o templo permanecia, os filhos rebeldes de Deus ainda tinham seu lugar seguro, e aqueles já levados ao cativeiro voltariam logo.

Ezequiel completou seus 30 anos, a idade para começar seu serviço no templo, e Deus já tinha revelado coisas importantes em visões, mas a visão que começa em (Ezequiel 8), foi com certeza, marcante na vida deste profeta. O Espírito guiou Ezequiel num passeio pelo templo, e, cada etapa deste passeio reforçou um fato triste, mas importante. O povo de Judá estava seguindo a influência dos seus líderes religiosos, e se afundando na idolatria. Agora, Deus queria que Ezequiel entendesse que sua casa sagrada foi tomada por homens ímpios, corruptos e idólatras. Dessa forma, Deus pergunta para Ezequiel: “Acaso, é coisa de pouca monta para a casa de Judá o fazerem eles as abominações que fazem aqui, para que encham de violência a terra e tornem a irritar-me?” (Ez. 9:17).
Os judeus do 6º século a.C. achavam normal uma perigosa mistura da religião do único Deus verdadeiro com os costumes pagãos dos povos. Entretanto, Deus achou esta mistura abominável e por isso prometeu castigar o povo e destruir a casa que foi construída para sua própria honra.
Quando observamos a mistura das coisas de Deus com os costumes carnais e idólatras que dominam em nossos dias, e especialmente na comemoração de festas sincretistas como Carnaval, devemos refletir: Como seria se o Espírito guiasse um novo Ezequiel a um passeio hoje? Veja (Ez. 8:6, 13,15) “Pois verás ainda maiores abominações...” Deus nos chamou, à santidade, assim como chamou o povo judeu naquela época, à santidade.

Observamos que o significado do templo para os israelitas.
(1) Simbolizava a presença e a proteção do Senhor Deus entre o seu povo (Êx 25.8; 29.43-46);
(2) O Representava a redenção de Deus para com o seu povo. Dois atos importantes tinham lugar ali: os sacrifícios diários pelo pecado, no altar de bronze (Nm 28.1-8; II Cr 4.1), e o Dia da Expiação quando, então o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo a fim de aspergir sangue no propiciatório sobre a arca para expiar os pecados do povo (Lev. 16); (I Reis 6:19-28; 8:6-9); (I Cron. 28.11);
(3) Representava uma morada física ou habitação de Deus. Isso demonstrava que há um só Deus, a saber, o Senhor Jeová, o Deus dos israelitas, segundo o concerto. Todavia, o templo não oferecia nenhuma garantia absoluta da presença de Deus; simbolizava a presença de Deus somente enquanto o povo rejeitasse todos os demais deuses e obedecesse à santa lei de Deus. Miquéias, por exemplo, verberava contra os líderes do povo de Deus, por sua violência e materialismo, os quais ao mesmo tempo, sentiam-se seguros de que nenhum mal lhes sobreviria enquanto possuíssem o símbolo da presença de Deus entre eles: O templo (Miq. 3:9-12) profetizou que Deus os castigaria com a destruição de Jerusalém e do seu templo. Posteriormente, Jeremias repreendeu os idólatras de Judá, porque se consolavam mediante a constante repetição das palavras: “Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este” (Jer. 7:2-4, 8-12).
Por causa de sua conduta ímpia, Deus destruiria o templo, considerado símbolo de sua presença (Jer. 7:14,15). Deus inclusive, disse a Jeremias que não adiantava ele orar por Judá, porque Ele não o atenderia (Jer. 7.16). A única esperança deles era endireitar os seus caminhos (Jer 7.5-7).
** Como resultado da idolatria, a Gloria do Senhor retirou-se do Templo. (Ezequiel, Caps. 8 e 10).
A IDOLATRIA NOS TEMPLOS, HOJE.
Com tristeza observamos, e temos certeza, que o Espírito Santo se entristece, quando vemos, uma “guerra entre denominações”; cada uma acha-se a melhor; quer construir “uma templo mais suntuoso que a outra”; a pratica de idolatria entre os irmãos, que já não olham pra Jesus, mas para a figura do pastor, como se “Ele fosse o representante divino da Igreja”; pastores usurpam de poder e domínio sobre os objetos e valores; (há notícias de caso em que o pastor abri firma pessoal juntamente a filho, coloca a rádio e bens em nome deles. Pior, o pastor figura como administrador da empresa”, tornando público através de (CNPJ), que a rádio não é da igreja e sim da propriedade da empresa”, deixando margem ao sentimento de desvio de patrimônio possivelmente praticadas, frontalmente agredindo a confiança e a devoção de muitos ao “homem, que aparentemente demonstrou ser homem de Deus”. Na esfera secular, é “crime de apropriação indébita”; Na esfera espiritual, é: abominação a Deus.

Veja que no Novo Testamento, a importância do templo deve ser considerada no contexto daquilo que o templo simbolizava no Antigo Testamento; Observe atentamente:
(a) – Deus, através dos profetas do Antigo Testamento, censurou o uso indevido do templo; Jesus, o eu primeiro grande ato público (João 2:13-17) e o seu último (Mat. 21:12,13), expulsou do templo aqueles que pervertiam o seu verdadeiro propósito espiritual (Lc 19.45), Passando a predizer o dia em que o templo seria completamente destruído (Mt 24.1,2; Marc. 13:1,2; Luc. 21:5,6).
(b) - A igreja primitiva em Jerusalém estava frequentemente no templo à hora da oração (Atos 2:46; 3:1; 5:21, 42) e assim faziam segundo o costume, “sabendo, contudo, que esse não era o único lugar onde os crentes podiam orar (Atos 4:23-31)”; Estêvão, e posteriormente Paulo, testemunharam que o Deus vivo não poderia ser confinado a um templo feito por mãos humanas (At 7:48-50; 17:24).
(c) A ênfase do culto para os cristãos, transferiu-se do templo para o próprio Jesus Cristo. Assim, é Jesus e não o templo, quem representa a presença de Deus entre o seu povo; Ele é o Verbo de Deus que se fez carne (Jo 1:14), e nEle habita toda a plenitude de Deus (Col. 2.9); O próprio Jesus declara ser Ele o próprio templo (João 2.19-22), pois, Jesus, mediante o seu sacrifício na cruz, cumpriu todos os sacrifícios que eram oferecidos no templo (Heb 9:1; 10:18). Observe o que Jesus fala à mulher samaritana: (João 4:23,24), Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem; Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. Assim, seria onde as pessoas verdadeiramente cressem na Palavra de Deus e recebessem o Espírito de Deus por meio de Cristo.
(d) Jesus Cristo personificou em si mesmo o significado do templo, e posto que "a igreja é o seu corpo (Rom12:5; I Cor 12:12-27; Ef. 1:22,23; Col. 1:18), que é denominado “o templo de Deus”, onde habita Cristo e o seu Espírito (I Cor. 3:16; II Cor 6:16; Ef. 2:21,22). Mediante o seu Espírito, Cristo habita na sua igreja, e requer que o seu corpo seja santo. Assim como no AT, Deus não tolerava qualquer profanação do seu templo, assim também Ele promete que destruirá quem destruir a sua igreja (I Cr 3:16,17-nota), para exemplos de corrupção e destruição da igreja por pessoas.

João não viu Templo na nova Jerusalém (Ap 21.22). A razão disso é evidente: O templo era no passado, apenas um símbolo da presença de Deus entre o seu povo, e não a plena realidade; Portanto, o templo não será necessário quando Deus e o Cordeiro estiverem habitando entre o seu povo: “o seu templo é o Senhor, Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro” (Ap 21.22).
O Ap. Paulo nos exorta: (I Cor.6:19,20), ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus. Paulo fala de Igreja em “casa”. (Col. 4:14,15), Saúda-vos Lucas, o médico amado, e Demas. Saudai aos irmãos que estão em Laodiceia e Ninfa e à igreja que está em sua casa.
Finalizo: Como Templo e morada do Espirito Santo, ouso afirmar, que o importante entre nós é a comunhão e a hospitalidade. (Heb.13: 1-3); Não deixem nunca de se amar com amor de irmãos; Não se esqueçam da hospitalidade, porque foi assim que alguns hospedaram anjos, sem o saber.
Amem. Que Deus nos ajude a compreender a sua vontade.

Pr. João Marcos Ferreira 06/02/2019