JESUS
NOS MANDOU PREGAR EVANGELHO E NÃO PLACAS DE IGREJAS.
Esse
individualismo é Satânico, sem sombra de dúvidas, pois assim como lúcifer quis
colocar seu trono acima do trono de Deus, isso mesmo acontece com esses líderes
que querem ser donos das ovelhas que na realidade pertencem a Deus
O
Que é a Igreja?
Igreja.
Vemos esta palavra por toda a parte, com as mais diversas nomenclaturas. Algumas pessoas usam “igreja” para
descrever um belo edifício no centro de uma praça proeminente. Outros a usam
para descrever uma organização religiosa mundial, completa com regiões,
distritos e dioceses. As definições confusas de igreja, em nosso tempo, muitas
vezes vedam o significado original desta palavra quando aplicada, no Novo
Testamento, ao povo de Deus. Neste artigo, examinaremos brevemente o
significado de “igreja” na Bíblia.
Igreja:
O que significa?
Igreja
é um edifício construído com blocos e cimento? Não. É um edifício construído
com pedras vivas. “Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados
casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios
espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (I Pedro 2:5).
Estas pedras vivas são chamadas de
santos e são membros da família de Deus: “Assim, já não sois
estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de
Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo,
Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce
para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo
edificados para habitação de Deus no Espírito” (Ef. 2:19-22).
A
divisão religiosa em nossa sociedade é vergonhosa. Muitas pessoas estão
confusas num mundo com muitos nomes diferentes de igrejas. Alguns destes nomes
honram certos homens, enquanto outros ressaltam pontos doutrinários
específicos. A igreja é uma organização? Muitas pessoas têm a noção errada de
que a igreja é uma organização ou instituição, independente do povo que compõe
a igreja. Este não é o conceito bíblico de igreja. Jesus não morreu para
estabelecer uma instituição, mas para salvar o povo do pecado (Atos 20:28; 1
Cor. 6:20). Jesus e o Pai não habitam numa organização, mas no povo que os
obedece (Jo. 14:15, 23). Em vez de falar de uma organização, a Bíblia descreve
a IGREJA como um corpo composto de membros vivos (Rom. 12:4-5); (I Cor.
12:12-27); (Col.1:18,24); (Ef. 5:23). Estes membros do corpo são “blocos” ou
“pedras” usados na construção da igreja (I Pedro 2:5); (I Cor. 3:10-15). A
palavra grega traduzida como “igreja” significa, literalmente, “chamado para
fora” e assim refere-se a um grupo de pessoas chamadas para saírem do pecado no
mundo e servirem ao Senhor. A igreja não é nenhum tipo de instituição ou objeto
impessoal. É um corpo constituído de componentes vivos. Como um organismo vivo,
a igreja pode sentir medo (Atos 5:11), pode orar (Atos 12:5) e pode falar
(Mateus 18:17). Pessoas que são chamadas para saírem do pecado não continuam
participando do mal no mundo, porque elas estão santificadas ou separadas do
pecado, veja (João 17:14-23); (Col. 1:13); (I Ped. 2:9); (I Jo. 4:5-6). Deus
chama o povo para deixar o mal deste mundo através da mensagem do evangelho (II
Tess. 2:13-14). Aqueles que são convertidos verdadeiramente a Cristo são
chamados santos (I Cor. 1:2; Col. 1:1-2). Entender o conceito bíblico de igreja
como um corpo de pessoas chamadas para fora do pecado, para serem santos,
ajuda-nos a apreciar a riqueza da descrição de Paulo da “igreja de Deus, a qual
ele comprou com o seu próprio sangue” (At. 20:28). Jesus não morreu para
comprar terra e edifícios, nem para estabelecer alguma instituição. Ele morreu
para comprar as almas dos homens e mulheres que estavam mortos no pecado, mas
que agora têm salvação e esperança de vida eterna (Rom. 5:8); (I Cor. 6:19-20).
Um
fenômeno que tem nos preocupados nas últimas décadas no Brasil é o exacerbado
crescimento evangélico. Crescimento esse que, evidentemente tem seu lado
positivo, mas que não podemos negar; tem também seu lado negativo. E um dos
pontos negativos que se observa, e com tristeza é a falta de união e o
sentimento de achar que Deus opera somente no determinado ministério e que os
outros ministérios não são de Deus; ou que Deus lá não está. Pode observar que
os vários programas de rádio, TV e internet de alguns ministérios são feitos
não com o intuito de pregar a “Cristo e este crucificado” (1 Co 1.23); mas sim
o de divulgar suas Igrejas, seus pastores, posses materiais; posições como
presidente disso ou daquilo, e deixado de lado a verdadeira mensagem de salvação,
privando assim ao pecador de alcançar perdão e vida em Jesus, que é a base e a
finalidade da pregação do evangelho. Quando ligamos o rádio ou a TV, o que
ouvimos é: Aqui na nossa igreja, Deus opera realmente; venha que aqui Jesus tem
uma benção pra você. Não deixe de vir aqui no próximo domingo, pois aqui tem o
poder de Deus; Venha para a nossa Igreja e traga a sua família para ser curado,
receber a benção da prosperidade, pagar todas as suas contas e ter uma vida
plenamente feliz. Mas você só alcança essas vitórias em nossa Igreja, pois aqui
Deus opera; Outros perguntam aos seus entrevistados: Você foi curado dessa
enfermidade aqui na nossa Igreja? Quanto tempo você freqüentou outros
ministério? Lá Deus não te curou? Por quê?
Em
tempos de “prosperidade” o que importa hoje em dia é mostrar o quanto a sua
igreja é abençoada por ter um megatemplo e “trocentos” membros. E para ter isso
e preciso a propaganda (até por que ela é a alma de todo negócio) para mostrar
o quanto “a minha igreja” é melhor. O que vemos são pastores e líderes,
perpetuados no poder, afirmando essa igreja é minha daqui não saio daqui
ninguém me tira, e quando vão ficando velhos, logo preparam filhos e genros
como sucessores, praticando o “NEPOTISMO”, que não deve ser praticado pela igreja
de Deus, que é coluna e firmeza da verdade (I Tim.3:14,15)... Escrevo-te estas
coisas, esperando ir ver-te bem depressa; Mas, se tardar, para que saibas como
convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza
da verdade. Quando não, fazem altos investimentos em campanhas puramente
eleitorais (tal qual a política secular), investem alto para comprar voto ou
apoio daquele que estão sob suas ordens e conluio. (temos sabido de convenções
que em disputa gastaram milhões para conseguirem a manutenção do poder). Uma
pequena mas real observação: Salomão, como o rei de Israel, estava
familiarizado com o uso estratégico de presentes. A palavra hebraica traduzida
como “presente” – “mattawn”, aparece três vezes em Provérbios. O contexto de
(Prov.21:14), não é claramente aquele do governo civil. Em (Prov.19:6), sim:
“Muitos se deixam acomodar pelos favores do príncipe, e cada um é amigo daquele
que dá presentes”. (Prov. 18:16), pode se referir a governantes civis: “Com
presentes o homem alarga o seu caminho e o eleva diante dos grandes”. Grandes
pode se referir a governantes civis. Se não, então esses homens têm acesso aos
governantes civis. O princípio geral governando esses provérbios é encontrado
em (Prov. 17:8)... “O presente é, aos olhos dos que o recebem como pedra
preciosa; para onde quer que se volte servirá de proveito”. Nesse provérbio, a
palavra hebraica é diferente: “sachad”. Ela é usada repetidamente para
descrever “suborno”. Na maioria, os textos são hostis. Eles são governados por
essa pressuposição: “Pois o SENHOR vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor
dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de
pessoas, nem aceita recompensas” (Dt. 10:17). O que se aplica a Deus deve se
aplicar também àqueles que agem como juízes em Seu nome. Também suborno não
tomarás; porque o suborno cega os que têm vista, e perverte as palavras dos
justos. (Ex. 23:8) Não torcerás o juízo, não farás acepção de pessoas, nem
receberás peitas; porquanto a peita cega os olhos dos sábios, e perverte as
palavras dos justos. (Dt. 16:19) Maldito aquele que aceitar suborno para ferir
uma pessoa inocente. E todo o povo dirá: Amém. (Dt. 27:25)
Quanto
ao Nepotismo, Confira o enunciado da Súmula Vinculante nº 13: “A nomeação de
cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até
o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma
pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para
o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função
gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o
ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.”
O
que pretendemos mostrar? Será que esquecemos a palavra de Deus? Amados! Não vai
subir ao céu, IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS; BATISTA; PRESBITERIANA; UNIVERSAL;
CONGREGACIONAL, DEUS É AMOR, etc. Nenhuma dessas meras placas ou CNPJs subirão
aos Céus. A Igreja que vai subir é a igreja verdadeira, fundada e edificada por
Jesus: JESUS FALOU: EU edificarei a “MINHA IGREJA” e as portas do inferno não
prevalecerão sobre ela (Mat.16:18). Consideremos o significado de descrições
bíblicas comuns da igreja:
-
O Corpo de Cristo (Col. 1:24; Ef. 1:22-23; 4:12). Assim como o corpo humano não
pode sobreviver separado da cabeça, não podemos viver sem nosso cabeça, Jesus
Cristo (Ef.5:23; Col. 1:18). Discípulos de Jesus são membros do corpo (Rom.
12:4-5; I Cor. 12:12-27; Ef. 3:6; 4:16; 5:30).
-
O Reino de Deus ou Reino dos Céus (Mat. 3:2; 4:17; Luc. 4:43; Atos 8:12; 19:8;
20:25; 28:23,31). A idéia de reino ressalta a posição de autoridade do rei (I
Cor. 4:20; Heb. 1:8; 12:28-29; Mat. 28:18-20; Ap. 12:10). O reino de Cristo não
é deste mundo (Jo. 18:36). Em vez de ser uma entidade política e mundana, a
igreja é um reino espiritual assentado no caráter santo de Deus. Só podemos
entrar no reino, quando formos transformados espiritualmente (Col. 1:13). Como
servos do Rei, temos que desenvolver as características espirituais de nosso
Senhor (Tg. 2:5), incluindo sua humildade, inocência (Marcos 10:14-15) e
santidade (1 Cor. 6:9-10; Gál. 5:19-21).
-
A Casa de Deus (1 Timóteo 3:15) não é um edifício material, mas o santuário e a
habitação do Senhor (Efésios 2:21-22). É um edifício espiritual (1 Pedro 2:5).
-
O Rebanho de Deus (Atos 20:28). Jesus é o bom pastor que deu sua vida pelas
ovelhas (João 10:11). As ovelhas ouvem sua voz e o seguem para receber a vida
eterna (João 10:27-28).
Descrições
Bíblicas da Igreja que Pertence a Jesus
A
Bíblia não usa um nome exclusivo para a igreja. É errado, portanto, insistirmos
num único nome que todas as igrejas fiéis tenham que usar. Muitas passagens
falam simplesmente da igreja, algumas vezes identificando o local (cidade ou
casa) onde o grupo de cristãos se reunia. Portanto, podemos nos referir à
igreja simplesmente como “a igreja” (Atos 8:1; 9:31; Romanos 16:1). Frequentemente,
as descrições da igreja no Novo Testamento mostram a relação que existe entre o
Senhor e sua igreja. A igreja pertence a Deus, e é, muitas vezes, chamada “a
igreja de Deus” (veja Atos 20:28; I Cor. 1:2; 10:32; Gal. 1:13; 1 Tim. 3:5,15).
Jesus derramou seu sangue para comprar a igreja. Portanto, Paulo falou de
“igrejas de Cristo”(Romanos 16:16) e Jesus falou de sua própria igreja (Mt.
16:18). O povo de Deus pode ser corretamente descrito como a “igreja dos
primogênitos arrolados nos céus” (Heb. 12:23).
No
Dicionário Bíblico Wyclife (Ed. CPAD), encontramos uma discussão bem
interessante sobre comunhão, da qual extraímos a seguinte citação: […] Cristo
orou por uma unidade de comunhão, não de organização; uma unidade no Espírito e
na nova vida que Ele concede (II Co. 13:13), na qual todos os membros de seu
único corpo são diferentes (I Co. 12); o Senhor não orou por uma uniformidade
estrutural. A distinção e a pluralidade eternas das pessoas da Trindade indicam
que ao fazer sua comparação, Cristo leva em consideração e permite a
diversidade dentro da unidade de seu corpo (Jo. 17: 21-23). (p. 439). Nesta
discussão, os autores questionam sobre a possibilidade de se unir diversas
instituições cristãs, formando uma única instituição eclesiástica em toda a
terra. Seria isto possível para que cumpríssemos o desejo do Senhor Jesus
quando ora ao Pai em (Jo.17)? Deparados com a impossibilidade de acontecer tal
“comunhão”, os autores concluem que a “diversidade” prevista por Cristo para
comunhão de seu Corpo é aceitável, aludindo à diversidade de instituições
cristãs. Mas seria esta “diversidade” um sinônimo de que todas as organizações
cristãs serem uma parte diferente do Corpo de Cristo? Estariam mesmo as instituições
cristãs, individualmente, representando o interesse supremo do Corpo de Cristo?
O capítulo 12 da primeira epístola aos Coríntios é clara e definitiva quando afirma que tal diversidade no Corpo de Cristo é “funcional” e não “organizacional”. As organizações, denominações e instituições cristãs não são partes do Corpo de Cristo. São mecanismos mortos e burocráticos criados pelos homens para gerir interesses próprios e não os de Deus. O Corpo de Cristo possui dedos e não inscrições jurídicas chamadas de dedos. O Corpo de Cristo possui pés e não atas de fundação que determinam juridicamente os pés do Corpo de Cristo. Para criar uma instituição religiosa / cristã, basta que um grupo de pessoas registre em um órgão cartorial sua organização. O Corpo de Cristo não surgiu assim. Para que nós fôssemos feitos Corpo de Cristo “[…] em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo […] E a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1 Co. 12: 13). O Espírito dado a nós é o transmissor da vida do Corpo. Para que membros sejam um Corpo eles não precisam de registro de CNPJ, precisam simplesmente de vida. A vida do Corpo de Cristo é a vida eterna e não-criada de Deus (Jo. 10:10), e ela é suficiente para fazer o Corpo funcionar. Ademais, o apóstolo Paulo não cita as instituições cristãs quando relaciona os membros do Corpo de Cristo a partir de (I Cor.12:27), onde afirma: “Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo. A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.” (vs. 27-28). Membros são irmãos que funcionam no Corpo. A diversidade do Corpo é a diversidade de irmãos-dons que Deus estabeleceu (Gr.: ethetos) na igreja. Portanto, a diversidade no Corpo não é institucional e sim funcional. O corpo não é diverso porque deve ter muitas organizações e denominações, mas é diverso porque “[…] a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar […]” (I Co. 12: 8-9). Sendo assim, a comunhão do Corpo de Cristo não é institucional, porque Deus não colocou instituições no Corpo, mas sim, membros vivos e vivificados pelo Espírito Santo. Então, qual a razão de ser das instituições cristãs com suas organizações burocráticas? Se um elemento inorgânico precisa ser imposto a um corpo, só podem haver duas razões para isso: ou ele está doente ou já está morto. Se as pernas de alguém param de funcionar, ele precisa de muletas ou mesmo de uma prótese inorgânica para que possa voltar a andar. A igreja enquanto instituição surgiu da mesma maneira. Se lembrarmos do 4º século da era cristã, nos depararemos com uma época na qual o imperador romano sentou na principal cadeira eclesiástica e determinou o destinos da igreja. Impôs a ela as muletas do Estado para fazer com que a igreja cambaleante voltasse andar novamente. Surgia a igreja institucional: a vida orgânica e divina que se esvaía em meio aos debates filosóficos e teológicos era substituída pelas próteses da organização humana. A igreja que tropegava os pés também vacilou com suas mãos, braços e demais membros. As próteses se espalharam na igreja, e esta se tornou totalmente mecânica, regida por regras de homens, regras estas que mesmo sendo anti-bíblicas e aberrantes, se tornaram a estrutura mecânica que sustenta o sistema organizado cristão até hoje: templos (pequenos ou nababescos), hierarquia, arrecadação desmedida de recursos e aplicação dos mesmos em finalidades anti-bíblicas, culto de homens, de ídolos, etc, (todos os eteceteras não caberiam neste texto)… A igreja descaracterizou-se. Não é mais o Cabeça que dita os rumos da igreja, mas sim, sua prótese mecânica. A igreja cristã munida de próteses é a manifestação atual da combalida igreja de Sardes, descrita em Apocalipse 3: 1-6. Tem nome de quem vive, mas está morta (v. 1). Mesmo assim, tem obras, mas não são íntegras diante de Deus (v. 2).
Tão grave está a situação desta igreja, que muitos que a ela acorrem buscam meramente os benefícios que suas muletas proporcionam: bens terrenos, lucros, poder, posição hierárquica… Não buscam sinceramente os bens que a vida do Corpo proporciona, uma vez que tal vida é escassa e não reina, domina e controla o corpo paraplégico.
O capítulo 12 da primeira epístola aos Coríntios é clara e definitiva quando afirma que tal diversidade no Corpo de Cristo é “funcional” e não “organizacional”. As organizações, denominações e instituições cristãs não são partes do Corpo de Cristo. São mecanismos mortos e burocráticos criados pelos homens para gerir interesses próprios e não os de Deus. O Corpo de Cristo possui dedos e não inscrições jurídicas chamadas de dedos. O Corpo de Cristo possui pés e não atas de fundação que determinam juridicamente os pés do Corpo de Cristo. Para criar uma instituição religiosa / cristã, basta que um grupo de pessoas registre em um órgão cartorial sua organização. O Corpo de Cristo não surgiu assim. Para que nós fôssemos feitos Corpo de Cristo “[…] em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo […] E a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1 Co. 12: 13). O Espírito dado a nós é o transmissor da vida do Corpo. Para que membros sejam um Corpo eles não precisam de registro de CNPJ, precisam simplesmente de vida. A vida do Corpo de Cristo é a vida eterna e não-criada de Deus (Jo. 10:10), e ela é suficiente para fazer o Corpo funcionar. Ademais, o apóstolo Paulo não cita as instituições cristãs quando relaciona os membros do Corpo de Cristo a partir de (I Cor.12:27), onde afirma: “Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo. A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.” (vs. 27-28). Membros são irmãos que funcionam no Corpo. A diversidade do Corpo é a diversidade de irmãos-dons que Deus estabeleceu (Gr.: ethetos) na igreja. Portanto, a diversidade no Corpo não é institucional e sim funcional. O corpo não é diverso porque deve ter muitas organizações e denominações, mas é diverso porque “[…] a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar […]” (I Co. 12: 8-9). Sendo assim, a comunhão do Corpo de Cristo não é institucional, porque Deus não colocou instituições no Corpo, mas sim, membros vivos e vivificados pelo Espírito Santo. Então, qual a razão de ser das instituições cristãs com suas organizações burocráticas? Se um elemento inorgânico precisa ser imposto a um corpo, só podem haver duas razões para isso: ou ele está doente ou já está morto. Se as pernas de alguém param de funcionar, ele precisa de muletas ou mesmo de uma prótese inorgânica para que possa voltar a andar. A igreja enquanto instituição surgiu da mesma maneira. Se lembrarmos do 4º século da era cristã, nos depararemos com uma época na qual o imperador romano sentou na principal cadeira eclesiástica e determinou o destinos da igreja. Impôs a ela as muletas do Estado para fazer com que a igreja cambaleante voltasse andar novamente. Surgia a igreja institucional: a vida orgânica e divina que se esvaía em meio aos debates filosóficos e teológicos era substituída pelas próteses da organização humana. A igreja que tropegava os pés também vacilou com suas mãos, braços e demais membros. As próteses se espalharam na igreja, e esta se tornou totalmente mecânica, regida por regras de homens, regras estas que mesmo sendo anti-bíblicas e aberrantes, se tornaram a estrutura mecânica que sustenta o sistema organizado cristão até hoje: templos (pequenos ou nababescos), hierarquia, arrecadação desmedida de recursos e aplicação dos mesmos em finalidades anti-bíblicas, culto de homens, de ídolos, etc, (todos os eteceteras não caberiam neste texto)… A igreja descaracterizou-se. Não é mais o Cabeça que dita os rumos da igreja, mas sim, sua prótese mecânica. A igreja cristã munida de próteses é a manifestação atual da combalida igreja de Sardes, descrita em Apocalipse 3: 1-6. Tem nome de quem vive, mas está morta (v. 1). Mesmo assim, tem obras, mas não são íntegras diante de Deus (v. 2).
Tão grave está a situação desta igreja, que muitos que a ela acorrem buscam meramente os benefícios que suas muletas proporcionam: bens terrenos, lucros, poder, posição hierárquica… Não buscam sinceramente os bens que a vida do Corpo proporciona, uma vez que tal vida é escassa e não reina, domina e controla o corpo paraplégico.
Com
todo esse individualismo espiritual, surgem varias perguntas, como por exemplo:
Onde fica Jesus em tudo isso? Onde está a verdadeira Igreja que Jesus edificou?
Afinal de contas Jesus tem uma placa específica de igreja para operar
(ministério), enquanto despreza as outras? Não somos todos irmãos em Cristo?
Não fazemos todos parte como membros do corpo de Cristo? Porque então tanto
individualismo? Tanta disputa pelos fiéis? Porque não estamos todos unidos em
busca dos milhares que perecem sem salvação e morrem todos os dias sem conhecer
Jesus, rumando para a condenação eterna? Será que não seremos cobrados por Deus
por querer ter o domínio da Igreja que foi comprada pelo sangue do cordeiro,
quando Jesus mesmo falou: Eu edificarei e “minha Igreja”? Será que esses
pastores não estão querendo se apossar das ovelhas que Jesus comprou? Foi Ele e não homens que nos chamou: (Ef.
4:11-18)... E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e
outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo
de Cristo; Até que cheguemos, à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de
Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, Para que não
sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de
doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.
Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça,
Cristo, Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as
juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua
edificação em amor. E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis
mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente.
Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que
há neles, pela dureza do seu coração;
Finalizando,
lembremo-nos:
*
Que “somos um” ou até de que o que vai subir são as pessoas e não denominações.
*
Do que nos fala o (Salmo 133)... Oh quão bom e quão suave é que os irmãos vivam
em união...
*
Do que está escrito em (Sal.101:6)... Os meus olhos procuram os fieis da
terra...
*
Eis meu Servo que eu amparo meu eleito ao qual dou toda a minha afeição, faço
repousar sobre ele meu espírito, para que leve às nações a verdadeira religião.
2. Ele não grita, nunca eleva a voz, não clama nas ruas - (Is. 42.1).
Jesus
nos mandou pregar o Evangelho que tem o significado de “boa nova”; e esta boa
nova não é outra mensagem senão que Jesus morreu na cruz para nos perdoar,
salvar e nos levar para os céus para morar com ele; Ele mandou pregar um único
reino: “O Reino de Deus”, e não de homens.
O que passa disso é balela, propaganda enganosa e mentira humana; é
marketing pessoal de homens que querem adquirir fama e posições à custa do
Evangelho. Muitos com o poderio da Igreja fazem conchavos com os governantes
(prefeitos, governadores, deputados e vereadores), e com isso adquirem
posições, contratos e nomeações para cargos públicos, oferendas, alem de outras
benesses. Preste atenção em seu líder!
Esse
individualismo é Satânico, sem sombra de dúvidas, pois assim como lúcifer quis
colocar seu trono acima do trono de Deus, isso mesmo acontece com esses líderes
que querem ser donos das ovelhas que na realidade pertencem a Deus, pois foi
ele quem nos comprou com o precioso sangue de seu filho Jesus Cristo e
manobrarem com a igreja de Deus, como se faz com uma empresa particular. (I
Ped.1:18-20)... Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou
ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição
recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um
cordeiro imaculado e incontaminado, O qual, na verdade, em outro tempo foi
conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos
por amor de vós;
Que
Deus nos guarde desse individualismo que não vem do Céu, e muito menos do Pai
das luzes porque nEle não há sombras nem variações.
Pastor
João Marcos Ferreira – 30-05-2016.