As eleições e a parábola de Jotão
No tempo dos juízes, Israel não tinha rei. Eles não
eram organizados politicamente nem socialmente como nação, mas viviam como
tribos que cultivavam a terra e criavam rebanhos. Gideão foi um dos principais
Juízes de Israel, quando o Senhor o chamou para libertar os israelitas do jugo
dos amalequitas. A primeira orientação que Deus deu a Gideão foi que ele
destruísse os ídolos da casa de seu pai, quebrando assim a influência e a
herança que recebera de sua família. Gideão mostrou com isso que estava
consciente do chamado do Senhor.
Após a sua vitória contra os seus inimigos, os
israelitas quiseram fazer de Gideão seu rei, mas ele não aceitou. Um de seus
filhos chamado Abimeleque se apresentou desejando o cargo, e para isso matou
todos os seus irmãos, para que não houvesse concorrentes. Um de seus irmãos, o
mais novo, conseguiu escapar da matança. Seu nome era Jotão, o qual proferiu
uma parábola para todo o Israel, advertindo-o contra o reinado de seu cruel
irmão Abimeleque.
Juízes 9. 8 ao 15
A parábola de Jotão nos fala de uma assembleia
feita pelas árvores, que desejavam que uma delas pudesse reinar e trabalhar
pelas demais. Procuraram as árvores mais especiais, que produziam os melhores
frutos.
Então as árvores foram até a Figueira e
perguntaram-na: "Figueira, precisamos de alguém que reine sobre nós e
possa trabalhar em nosso favor. Poderias tu assumir o comando de nosso
reino?", e a Figueira respondeu: "Não!!! Como eu poderia deixar de
produzir os meus frutos, que alimentam à todos, para trabalhar para vocês? A
resposta é Não!". A Figueira é uma árvore extremamente importante, pois
seus frutos servem de alimento para animais dispersores de sementes na
natureza. Até mesmo os frutos caídos no chão e na água, servem de alimento para
os peixes e outros insetos, portanto, como poderia uma árvore tão importante
como a Figueira deixar de produzir os seus frutos para trabalhar em favor das
outras árvores.
Dirigiram-se então para a Videira e perguntaram
mais uma vez: "Videira, queremos que reine sobre nós, e que trabalhe em
nosso favor", mas a Videira respondeu que não. Como poderia a Videira, uma
árvore que produz o vinho, que alegra aos homens, deixar a sua função, somente
para liderar as árvores; e mais uma vez a resposta foi não.
Então as árvores foram até o Espinheiro, e lhe
propuseram que reinasse sobre as demais. O Espinheiro é uma árvore que não
produz nenhum bom fruto, pelo contrário, seus espinhos sufocam e matam as
plantações. E ele respondeu: “Vocês querem que eu reine”? Tudo bem; podem vir e
se refugiar debaixo de minha sombra, mas se não vierem, eu soltarei fogo, que
virá e consumirá até os cedros do Líbano.
A oliveira –
Tipifica a unção, o derramar do Espírito Santo e os dons espirituais na vida da
Igreja. As revelações e a direção que o Senhor pelo seu Espírito tem dado ao
seu povo.
A figueira – Representa aquilo que está ligado a
Israel como nação. É a profecia que veio através dos profetas do Velho
Testamento. As revelações contidas nos escritos dos profetas e na história do
povo de Israel.
A videira – Aponta para a Igreja, para o plano de
Salvação através do Sangue de Jesus, o novo nascimento, a doutrina de Corpo
(cacho de uvas), o louvor a glorificação e a graça.
O espinheiro – É tudo aquilo que é próprio da
natureza humana e que fere os outros. É aquilo que é ruim e que não dá fruto
algum. É a mentira (não tem sombra), a maledicência, o preconceito, a falta de
amor, etc. no meio da Igreja. O espinheiro quando se estabelece é como fogo que
destrói o cedro (Obra).
O cedro – Tipifica a Obra do Senhor. O cedro é uma
árvore gigantesca, com um tronco reto, de madeira de lei, que chega a 30 m de
altura por 5 m de diâmetro. É muita pretensão do espinheiro querer queimar uma
árvore como o cedro.
Conclusão – Nós temos que cultivar na Igreja hoje
em dia a Oliveira, a Figueira e a Videira. Aquilo que elas representam
espiritualmente precisam reinar no nosso meio. Se elas não reinarem, o
Espinheiro termina reinando, e quando isso acontece, o Cedro, que é tipo da
Obra, corre o risco de ser destruído.
O Brasil está às vésperas de uma eleição, onde os
atuais governantes trabalham já em campanha em busca de reeleição. Entretanto,
a democracia deu ao povo a oportunidade de participar diretamente do pleito.
Hoje, elegemos nossos pares, pois a Constituição assegura que todos são iguais
perante a lei, não havendo distinção de cor, sexo ou religião. Dessa forma, todos
nós que somos eleitores somos corresponsáveis pela política, pois cabe aos
cidadãos dizer sim ou não às propostas de cada candidato. No próximo ano, todos
os cidadãos, ricos e pobres, brancos e negros, cristãos e ateus, irão às urnas
para eleger candidatos que vão dirigir os rumos da nossa nação.
Nesse contexto cabe uma reflexão sobre a Parábola
de Jotão (Jz 9:8-15). Observemos: “A parábola de Jotão apresenta lições
importantes sobre a ação do povo de Deus no contexto político. Logo depois de
Abimeleque ter assassinado seus 69 irmãos, os habitantes de Siquém decidem
proclamar o fratricida seu rei. Jotão foi o único filho de Gideão a escapar com
vida. É justamente durante a cerimônia de coroação que Jotão profere essa
parábola profética contra o irmão e o povo, que além de patrocinar o mal o
exaltava publicamente”. Diante dessa parábola, devemos refletir sobre a
realidade política em que o Brasil atravessa, tirando conclusões e assumindo
novas posturas diante do pleito que se aproxima.
I – Quando os bons se omitem, os maus assumem o
poder.
A parábola afirma que inúmeras árvores foram
cogitadas para reinar: a oliveira, a figueira e a videira. Contudo, nenhuma
delas quis assumir essa responsabilidade. Diante disso, não havia outra saída
senão convidar o espinheiro para exercer tal função.
II - Essa parábola ilustra que a presença de um mau
governo se deve em função da omissão daqueles que poderiam fazer um bom
governo.
III - O apóstolo Tiago registra em sua carta:
“Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando”
(Tg 4:17).
IV - O Brasil tem sido governado por espinheiros
porque as oliveiras, as figueiras e as videiras estão se omitindo. Eis o motivo
pelo qual a nação padece diante da gestão de pessoas inescrupulosas que estão
interessadas unicamente no benefício próprio. Ética e moral são conceitos
desconhecidos pela maioria de nossos parlamentares. Como bem disse Robinson
Cavalcanti: “A maior crise que o país está vivendo não é econômica ou social,
mas uma crise moral”[2].
V - A Bíblia está repleta de exemplos que reis e
príncipes que conduziram a nação de Israel à apostasia. Há uma máxima popular
que é verdadeira: o povo é o reflexo de sua liderança. Muitos cristãos estão à
margem dos acontecimentos, alienados ao processo eleitoral.
A Igreja brasileira, que deveria ser uma voz
profética para bradar contra a impiedade de nossos governantes espinheiros, tem
se prostituído com esse sistema corrupto. Em tempos de eleição, muitos púlpitos
são transformados em verdadeiros palanques eleitorais onde candidatos profanos
sobem ao altar de Deus para manipular um rebanho que se tornou massa de
manobra.
A igreja brasileira não deve apenas orar, mas,
sobretudo, ser uma Igreja consciente! Se há um dom que carecemos na atualidade
é o dom do discernimento. Precisamos que homens e mulheres vocacionados por
Deus se levantem para lutar pelos valores e princípios que a nação tem perdido.
Nós podemos ser as árvores frondosas de que o país precisa. Não podemos
omitir-nos nem achar que todos os que exercem a política são espinhos! Se os
espinhos estão lá é porque as árvores se furtaram do seu papel.
VI – Para servir é preciso sacrificar-se; para ser
servido é preciso sacrificar os outros. Eis o motivo pelo qual muitos não
querem servir nem se transformar em benção na vida dos outros. Perceba que
oliveira disse: “Deixaria eu o meu óleo, que Deus e os homens em mim prezam, e
iria pairar sobre as árvores?” (v. 9). Da mesma forma, a figueira se esquivou:
“Deixaria eu a minha doçura, o meu bom fruto e iria pairar sobre as árvores?”
(v. 11). Semelhantemente, a videira apresentou sua justificativa: “Deixaria eu
o meu vinho, que agrada a Deus e aos homens e iria pairar sobre vós” (v. 13).
Como se pode observar, o serviço exige abnegação e sacrifício, qualidades que
nem todos estão dispostos a buscar.
As pessoas não estão interessadas em sair da sua
zona de conforto para se envolver nos problemas dos outros. Então, houve uma
inversão abrupta da função pública, pois aqueles que deveriam se valer do cargo
para servir os outros, utilizam o posto e suas prerrogativas para benefício
próprio, em detrimento da opressão de seus súditos.
De acordo com a parábola, o rei deveria pairar
sobre as demais árvores, dando proteção e sombra a elas. A função do rei seria servir as demais
árvores. Contudo, ao ser empossado rei, o espinheiro disse: “Vinde e
refugiai-vos debaixo de minha sombra; mas, se não, saia do espinheiro fogo que
consuma os cedros do Líbano” (v. 15). Ou seja, aquele que deveria ser um
instrumento de benção, torna-se uma maldição. O espinheiro subjugou as demais
árvores e passou a oprimi-las.
Essa história é um retrato contemporâneo da
política no Brasil. Basta ver e ouvir as propostas na propaganda eleitoral para
vislumbrar que aquilo que se propõe é bem diferente da prática.
Sendo assim, quero alertar você para duas atitudes
que você deve assumir com relação às próximas eleições:
Primeira Atitude:
Ore! O apóstolo Paulo fez a seguinte exortação ao
seu filho na fé, Timóteo: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de
súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens,
em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que
vivamos vida tranquila e mansa, com toda a piedade e respeito. Isto é bom e
aceitável diante de Deus, nosso Salvador.” (I Tm 2:1-3).
Segunda Atitude:
Vote com consciência! Como servo de Deus, seu
primeiro compromisso é com a Palavra de Deus. Portanto, votar em candidatos que
são instrumentos de satanás para implantar a institucionalização da iniquidade
é uma contradição. Portanto, saiba em quem você está votando e quais são suas
propostas de governo. Leia o que escreveu Salomão: "Não havendo sábia
direção, cai o povo..." (Pv. 11:14).
Quantas pessoas gritam e clamam por socorro,
pedindo a minha e a sua ajuda, e muitas das vezes temos ficado de braços
cruzados, pensando que estamos produzindo bons frutos para o Reino de Deus, mas
na verdade estamos nos omitindo, e entregando essas almas ao poder do inimigo.
Quantas vezes temos a oportunidade de evangelizar e
não temos feito isso. Quando nos omitimos, não estamos simplesmente recusando o
trabalho, estamos permitindo que vidas sejam enganadas pelo destruidor que quer
escravizá-las debaixo de seus espinhos. Enquanto estamos bem confortáveis em
nossas igrejas, todo domingo, adorando à Deus e mostrando nossos frutos, Almas
têm padecido.
Sabe o que acontece quando você tem a oportunidade
de ser útil à obra de Deus e não faz? Quando você pode evangelizar e não vai?
Enquanto você se omite, o inimigo está trabalhando e conquistando almas para
si. E o que ele tem reservado para elas é o fogo. Infelizmente existem várias
filosofias de vida que estão de braços abertos, prontas para abrigar à sua
sombra essas almas, com ensinamentos que ferem integralmente a palavra de Deus,
além de projetos que apoiam coisas abomináveis por Deus.
De todas as áreas da vida do cidadão, a política
tem sido uma em que muitos cristãos não têm sido bem sucedidos, por não serem
apoiados pelos irmãos, que infelizmente se vendem por benefícios pessoais, chinelos,
pares de sapatos, vendendo suas consciências, pecando contra seus irmãos e
contra a própria palavra de Deus. Veja a expressão do Profeta Amós contra os
que compram votos: (Amós 8:4-7)... Ouvi isto, vós que anelais o abatimento do
necessitado; e destruís os miseráveis da terra, Dizendo: Quando passará a lua
nova, para vendermos o grão, e o sábado, para abrirmos os celeiros de trigo,
diminuindo o efa, e aumentando o siclo, e procedendo dolosamente com balanças
enganosas, Para comprarmos os pobres por dinheiro, e os necessitados por um par
de sapatos, e para vendermos o refugo do trigo. Jurou o SENHOR pela glória de
Jacó: Eu não me esquecerei de todas as suas obras para sempre. A corrupção é
uma conspiração contra Deus - Deus é justo e não tolera nenhuma forma de
injustiça. Deus abomina a balança falsa e a medida enganosa. Deus reprova
aqueles que se enriquecem ilicitamente e os que aumentam suas riquezas usando a
violência e a desonestidade. Deus requer e merece honestidade. A Bíblia diz em
Salmos 51:6 “Eis que desejas que a verdade esteja no íntimo; faze-me, pois,
conhecer a sabedoria no secreto da minha alma.”
A desonestidade causa dor e dura tanto quanto a
ferida fisica. A Bíblia diz em Provérbios 25:18 “Malho, e espada, e flecha
aguda é o homem que levanta falso testemunho contra o seu próximo.”
O Senhor não aprova desonestidade em transações de
negócios. A Bíblia diz em Provérbios 20:23 “Pesos fraudulentos são abomináveis
ao Senhor; e balanças enganosas não são boas.”
Provérbios 11:1 “A balança enganosa é abominação para o Senhor; mas o
peso justo é o seu prazer.” Deus prefere que sejamos honestos de que demos
ofertas. A Bíblia diz em Provérbios 21:3 “Fazer justiça e julgar com retidão é
mais aceitável ao Senhor do que oferecer-lhe sacrifício”.
Quando você tira o apoio de um domestico da
fé e apoia um ímpio, você está contrariando a palavra de Deus: (Prov.
14: 21)... O que despreza ao seu próximo peca, mas o que se compadece dos
humildes é bem-aventurado.
Escolha um de entre seus irmãos:
(Deut. 17: 15)... Porás certamente sobre ti como rei aquele que escolher o
SENHOR teu Deus; dentre teus irmãos porás rei sobre ti; não poderás pôr homem
estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos;
Você que elege um ímpio, é culpado pelo
sofrimento do povo de Deus: (Prov. 29:2)... Quando os justos governam,
alegra-se o povo; mas quando o ímpio domina, o povo geme. (Pv 11.10)... No bem
dos justos, exulta a cidade; e, perecendo os ímpios, há júbilo. (Pv 28.28)...
Quando os ímpios sobem, os homens se escondem, mas, quando eles perecem, os
justos se multiplicam.
Pv 29.2 Quando os justos se engrandecem, o povo se
alegra, mas, quando o ímpio domina, o povo suspira.
Ec 10.6 O tolo, assentam-no em grandes alturas, mas
os ricos estão assentados em lugar baixo.
Preferência por candidato cristão. Nossa formação moral, ética e
espiritual nos dá plena condição para melhor servir à sociedade em qualquer
área, inclusive na política.
·
(Jó 34.30)... para que o ímpio não reine, e não
haja quem iluda o povo.
·
(Sl 71.4)... Livra-me, Deus meu, da mão do
ímpio, do poder do homem injusto e cruel,
·
(Pv 17.15)... O que justifica o ímpio, e o que
condena o justo, são abomináveis ao Senhor, tanto um como o outro.
·
(Pv 18.5)... Não é bom ter respeito à pessoa do
ímpio, nem privar o justo do seu direito.
·
(Pv 28.15)... Como leão bramidor, e urso
faminto, assim é o ímpio que domina sobre um povo pobre.
·
(Pv 29.2)... Quando os justos governam,
alegra-se o povo; mas quando o ímpio domina, o povo geme.
·
(Is 26.10)... Ainda que se mostre favor ao
ímpio, ele não aprende a justiça; até na terra da retidão ele pratica a iniquidade,
e não atenta para a majestade do Senhor.
O que a igreja pode sofrer com os maus
políticos. Os políticos que não conhecem a palavra de DEUS estão a
agradar os diversos grupos que existem sem se importar com o que é certo ou
errado, o que lhes interessa é votos e dinheiro na suíça ou em outro paraíso
fiscal; não estão (em sua esmagadora maioria) nem um pouco interessados em
resolver os problemas sociais de nosso país e muito menos preocupados ainda com
o que DEUS acha. Vemos sendo aprovados nas casas legislativas, diversos
projetos de ímpios inspirados por Satanás, muitos que anulam o que Deus
estabeleceu para a família.