DEUS É AMOR, MAS TAMBÉM É “JUSTIÇA E JUÍZO”, E JAMAIS TERÁ O CULPADO POR INOCENTE.
O Senhor é Deus
zeloso e vingador; o Senhor é vingador e cheio de furor; o Senhor toma vingança
contra os seus adversários, e guarda a ira contra os seus inimigos. O Senhor é
tardio em irar-se, mas grande em poder, e ao culpado não tem por inocente; o
Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos
seus pés. (Naum 1:2-3)
Sabemos que Deus é
amor (1 João 4:8) e que o amor é paciente (1 Coríntios 13:4). Sem dúvida
alguma, a paciência ou longanimidade é um aspecto importante do amor de Deus. É
uma qualidade divina mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Êxodo 34:6-7
descreve Deus nestes termos: "SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e
longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em
mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado, ainda que não
inocenta o culpado, e visita a iniqüidade dos pais nos filhos e nos filhos dos
filhos, até à terceira e quarta geração!" Em Naum 1:3, encontramos este
comentário sobre a paciência e a justiça de Deus: "O SENHOR é tardio em irar-
se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado; o SENHOR tem o seu caminho
na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés."
A profecia do
profeta Naum é dirigida ao povo de Judá com uma mensagem relativa ao castigo e
destruição de Nínive capital do Império Assírio que dominava o povo hebreu
neste período, diferentemente da maioria dos profetas que tem sempre seus
editos dirigidos ao povo e a pessoas de Israel ou Judá com uma mensagem que
traz um conteúdo de juízo e restauração do povo hebreu. Já o conteúdo das
profecias de Naum pregava o juízo divino sobre a corrompida e idólatra Nínive,
que oprimia e sufocava o povo de Deus, e neste livro Deus trata de mostrar a
seu povo que embora fossem os Assírios poderosos e arrogante o Senhor haveria
de destruir sem misericórdia aquele império dando vitória e restauração ao povo
de Deus, a cidade de Nínive já havia passado a cerca de cem anos antes por uma
experiência de ter que enfrentar o juízo divino quando o Profeta Jonas
designado por Deus foi relutante em anunciar a punição do Todo Poderoso sobre
os ninivitas, porém quando estes receberam a mensagem de destruição se
arrependeram e fizeram um jejum, e Deus então fez passar nos dias de Jonas o
juízo divino de sobre a cidade de Nínive, porém em pouco tempo o povo de Nínive
voltou a prática arrogante do mal, fato este que no livro de Naum Deus mostra
para Judá qual será o fim do grande império que terrivelmente oprimia o povo de
Deus naqueles dias.
No texto Deus deixa
claro que Deus é misericordioso e longânimo, e que por Ele usar de misericórdia
alguns até pensem que a punição divina nunca vai chegar, porém a expressão
“tardio em ira-se” é uma referencia a paciência do Senhor Deus (Êx 34. 6, 7).
No entanto, a paciência divina não é motivo para não crermos em Seu juízo final
(Sl 10), uma vez que Deus pode até retardar o seu juízo sobre os pecadores,
dando-lhes uma oportunidade ao arrependimento, mas a sua correção virá e Deus
não tem o culpado por inocente. Temos no texto uma referencia enfática do
profeta ao poder de majestade de Deus, deixando claro que o Senhor é superior
ao todos os deuses pagão do ninivitas, deuses para eles representados pela
tempestade, tormentas e nuvens, porém Deus afirma através da palavra dos
profetas que tais fenômenos da natureza são apenas estrados para os pés do Todo
Poderoso.
É preciso entender
que em tudo Deus tem limites. Embora muitas pessoas agem como se a paciência de
Deus não tivesse limites, a Bíblia mostra que haverá um ponto final na
longanimidade do Senhor. Deus colocou um ponto final nos dias de Noé: “... o
SENHOR fechou a porta" (Gênesis 7:16). Na vida de cada pessoa, a morte
marca o fim da oportunidade de se arrepender e receber o benefício da
misericórdia de Deus. A pessoa que morre despreparada não terá outra chance
(Lucas 12:20-21; 16:24). (Hebreus 9:27), nos assegura que o julgamento vem
depois da morte. Seremos julgados pelas coisas feitas no nosso único corpo (2
Coríntios 5:10). Doutrinas de purgatório e reencarnação, que oferecem uma outra
oportunidade para se arrepender ou se aperfeiçoar após a morte são doutrinas
falsas que contradizem as Escrituras. Quando Jesus voltar, todas as pessoas
serão chamadas ao julgamento, para receber ou a vida ou a morte eterna (João
5:28-29).
Deus seria
perfeitamente justo se ele castigasse o pecador na hora, mas ele escolhe ser
paciente. A longanimidade de Deus é vista nos dias de Noé, dando tempo para os
homens se arrependerem (1 Pedro 3:20). Na época de Neemias, o povo reconheceu
que Deus tinha sido muito paciente com seus antepassados (Nee
Portanto sejamos,
pois, fiéis ao Senhor Deus sabendo que Dele receberemos a junta recompensa dos
nossos atos, como protestou o profeta Obadias em seus escritos testemunhando e
confirmando o que profetizou o profeta Naum. A paz do Senhor a todos. Amém!!
Ap. João Marcos.
Referências bibliográficas: Bíblia Online – acf. Soares, Ezequias.
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