O ZELO PELA CASA
DE DEUS. (João 2:17)... Então seus
discípulos lembraram-se do que foi escrito: “O zelo pela tua Casa me consumirá...
(Salmos 69:8,9)
Jesus entrou no
Templo; derrubou as mesas, e expulsou os cambistas do templo, E disse-lhes:
Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a
transformais em covil de salteadores. (Mateus 21:13). O templo havia sido
transformado em um lugar de religião morta, e comércio vivo. O externo havia sido priorizado, e o dinheiro
havia se tornado excessivamente significante.
Muitos sobreviviam nos pátios do templo baseando sua sobrevivência no
que eles podiam ganhar lá. Jesus desafiou isto. O templo era um lugar sagrado. As
pessoas deveriam buscar e encontrar Deus lá; O templo deveria ser unicamente, casa
de oração para todos os povos.
* Quando Jesus
veio a esse mundo, havia objetivos definidos: o primeiro é salvar vidas, o
segundo é cuidar destas vidas. “Ora, depois que João foi entregue, veio Jesus
para a Galileia pregando o evangelho de Deus e dizendo: O tempo está cumprido,
e é chegado o reino de Deus. Arrependei-vos, e crede no evangelho.” (Marcos
1:14,15); “Logo depois disso, andava Jesus de cidade em cidade, e de aldeia em
aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e iam com ele os
doze,” (Lucas 8:1); “Mas, quando creram em Filipe, que lhes pregava acerca do
reino de Deus e do nome de Jesus, batizavam-se homens e mulheres.” (Atos 8:12);
“Paulo, entrando na sinagoga, falou ousadamente por espaço de três meses,
discutindo e persuadindo acerca do reino de Deus.” (Atos 19:8). Veja ainda: O filho do homem veio
buscar e salvar o que se havia perdido... (Lucas 19:10); Vinde a mim todos vos
que estais cansados e oprimidos que eu vos aliviarei... (Mateus 11:28-30).
Completado o seu Ministério, que culminou com sua entrega à morte, vindo a
ressuscitar ao terceiro dia, antes de partir ele chamou os discípulos e deu duas
ordens: -Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a Criatura. (Mar.16:16);
-Ide e fazei discípulos em todas as Nações, batizando-os e ensinando-os a
guardar o que vos tenho ensinado... (Mat. 28:19).
Esse relato, é para
que possamos traçar um paralelo de como foi no início e como foi a trajetória de
Jesus e o que Ele nos comissionou, e as recomendações para poder segui-lo:
“E chamando a si a multidão
com os discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si
mesmo, tome a sua cruz, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida,
perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim e do evangelho,
salvá-la-á.” (Mc 8:34,35); “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a pai e mãe,
a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também ã própria vida, não pode
ser meu discípulo. Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo
quanto possui, não pode ser meu discípulo.” (Lc 14:26,33).
Importante
salientar que Deus deu prova de amor quando enviou seu filho, ou seja cumpriu o
seu propósito firmado desde o Edem, agora, para ser amado por Deus, morada dele
e se tornar discípulo de Jesus, é preciso “guardar a Palavra de Deus”. Disse Jesus:
(João 14: 22-24)... Então, perguntou-lhe Judas : “Senhor, mas por que te
revelarás a nós e não ao mundo?” Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama,
obedecerá à minha Palavra; e meu Pai o amará, e nós viremos até ele e faremos
nele nosso lar. Quem não me ama não obedece às minhas palavras; e a Palavra que
vós estais ouvindo não é minha, mas do Pai, que me enviou. O dom da paz de
Cristo. Amar a sua Palavra, significa Obedecer, cumprindo o Ide. É importante a
salientar que este evangelho do reino deve ser anunciado com toda clareza para
que possa se cumprir o propósito de Deus. Jamais poderão crescer em direção à Deus,
crentes que estão centralizados em si mesmos e em suas necessidades terrenas? Se
Cristo não está centralizado na vida de um discípulo, que evangelho ele irá
pregar? Que tipo de discípulos ele irá multiplicar? Na verdade é mais do que
isto. Sem um claro evangelho do reino não haverá discípulos. Lembremo-nos da
explicação dada por Jesus a respeito da parábola do semeador (Mat. 13:1-30)... “A
todo o que ouve a palavra do reino e não a entende, vem o Maligno e arrebata o
que lhe foi semeado no coração; este é o que foi semeado ã beira do caminho. E
o que foi semeado nos lugares pedregosos, este é o que ouve a palavra, e logo a
recebe com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e
sobrevindo a angústia e a perseguição por causa da palavra, logo se
escandaliza. E o que foi semeado entre os espinhos, este é o que ouve a
palavra; mas os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas sufocam a
palavra, e ela fica infrutífera. Mas o que foi semeado em boa terra, este é o
que ouve a palavra, e a entende; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e
outro trinta.” O que era a semente? A semente era a palavra do reino. Fica
claro, diante disso, que a falta de compreensão da palavra do reino comprometeu
todos os frutos.
O Problema hoje
está relacionado à teologia tradicional sobre a salvação. Devido ao ensino
católico que destacava a necessidade das obras para se receber a salvação, a
igreja evangélica se contrapôs a esse ensino enfatizando que a salvação é
somente pela fé sem a necessidade de obras. Mas isto não é verdade; A salvação
não é apenas por meio da fé? Ocorre que estes teólogos, pretendendo basear-se
em alguns ensinamentos de Paulo, ignoraram outras partes das escrituras que
mostram claramente como a fé e a obediência (obras) devem andar juntas, e como
estão intimamente associadas com a salvação. Portanto, qualquer pessoa que
professe fé em Jesus, precisa saber que essa fé deve ser acompanhada por
obediência e se não for assim, ela não tem valor aos olhos de Deus. Se alguém
afirma que crê, mas for desobediente, Deus o define como incrédulo. A fé é
muito mais que uma concordância mental a respeito de toda verdade revelada em
Cristo. (Tg 2:14-26), nos mostra claramente a relação da fé com as obras: “Meus
irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras?
Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem
carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós
lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o
necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não
tiver obras, por si só está morta. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho
obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a
minha fé. Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios creem e
tremem. Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras
é inoperante? Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado,
quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? Vês como a fé operava
juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou,
e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi
imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus. Verificais que uma pessoa
é justificada por obras e não por fé somente. De igual modo, não foi também
justificada por obras a meretriz Raabe, quando acolheu os emissários e os fez
partir por outro caminho? 26 Porque, assim como o corpo sem espírito é morto,
assim também a fé sem obras é morta.”
Igualmente os
Pastores que apascentam-se s si mesmos, receberão a correção e a condenação de
Deus. Veja Deus falando através do Profeta Ezequiel: E veio a mim a palavra do
SENHOR, dizendo: 2 Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel;
profetiza, e dize aos pastores: Assim diz o Senhor DEUS: Ai dos pastores de
Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as
ovelhas? Comeis a gordura, e vos vestis da lã; matais o cevado; mas não
apascentais as ovelhas. As fracas não fortalecestes, e a doente não curastes, e
a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não
buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza, Assim se espalharam, por
não haver pastor, e tornaram-se pasto para todas as feras do campo, porquanto
se espalharam. As minhas ovelhas andaram desgarradas por todos os montes, e por
todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andaram espalhadas por toda a face
da terra, sem haver quem perguntasse por elas, nem quem as buscasse. Portanto,
ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que,
porquanto as minhas ovelhas foram entregues à rapina, e as minhas ovelhas
vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os
meus pastores não procuraram as minhas ovelhas; e os pastores apascentaram a si
mesmos, e não apascentaram as minhas ovelhas; Portanto, ó pastores, ouvi a
palavra do Senhor: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu estou contra os
pastores; das suas mãos demandarei as minhas ovelhas, e eles deixarão de
apascentar as ovelhas; os pastores não se apascentarão mais a si mesmos; e
livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e não lhes servirão mais de pasto. Porque
assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu, eu mesmo, procurarei pelas minhas ovelhas,
e as buscarei (Ezequiel 34:1-11).
Esse Alerta é para
Pastores hodiernos, assemelhados aos fariseus legalistas, quando o legalismo, o
que tem de atrativo, tem de destrutivo. Está escrito: (Col. 2:23) “As quais
têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria em culto voluntário, humildade
fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum no combate
contra a satisfação da carne. “Estes se locupletam na direção de Mega igrejas, na
perpetuação do poder, sem preocupação nos princípios legais, só abrem mão em
casos extremos; esquecem que com a abolição da Monarquia no Brasil, em 1888,
que deu ensejo ao aparecimento da República no cenário nacional, no ano
seguinte, a vitaliciedade pessoal e familiar na chefia do Poder Executivo e das
organizações, se extinguiu, para louvor da democracia. A perpetuidade pessoal
no poder, nesses termos, é vedada pela Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988, todavia, os princípios da variação e temporariedade do cargo,
fundamentos elementares da República, dão o sopro ético de que necessita a
plausibilidade deste trabalho. Lamentamos que na sombra dos princípios de que
toda a autoridade é constituída por Deus, ficam anos após anos e quando não
suportam mais, querem a todo custo repassar o bordão para filhos e
apadrinhados, como se estes tivessem a mesma chamada de Deus, e para tanto
fazem autenticas campanhas que nada diferem das campanhas político partidária seculares,
com suborno, propina em forma de consagrações de amigos, dando condições de
voto, e rejeitando àqueles possíveis opositores.
Parece que
esquecem que “Com Deus não se brinca”; Ele a tudo vê e conhece individualmente
a cada um, e sabe exatamente o que cada um faz de bom ou de mal. Veja como Deus
falou às sete Igrejas da Ásia: “Conheço as tuas obras”; (Apoc.2:2,9,13,19); (Apoc.
3:1,8,15). Assim como alertou: “Quem tem ouvidos ouça o que o espírito diz às
Igrejas”: (Apoc. 2: 7,11,17,29); (Apoc.3:6,13,22).
A verdade que não
se pode calar: Jesus está voltando, e cada um será julgado. Observe o que Paulo
tem a dizer em (I Cor. 3:11-15): "Porque ninguém pode pôr outro fundamento
além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este
fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno,
palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque
pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a
obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a
obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia
como pelo fogo." (II
Cor. 5:10). "Porque
todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba
segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal."
Alerta final:
Haverá dois Julgamentos: O Tribunal de Contas de Cristo e o Juízo Final; Diante
de qual tribunal você comparecerá? Irá à presença de Jesus Cristo para ser
julgado como um filho amado de Deus e receber seu galardão, ou será levado como
um réu acorrentado pelas culpas, para receber sua condenação?
A escolha é sua.
Pastor
João Marcos Ferreira.
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