FAÇAMOS CADA UM A NOSSA PARTE, OBSERVANDO NOSSA CHAMADA..
Um velho homem ia a caminhar pela praia ao
amanhecer, quando reparou num jovem rapaz mais à frente, que estava a apanhar
estrelas do mar e a atirá-las para a água.
Quando finalmente conseguiu chegar perto do rapaz,
o velho perguntou-lhe porque estava a fazer aquilo. A resposta foi que as
estrelas do mar encalhadas na costa iriam morrer se ali fossem deixadas até o
sol raiar forte.
“Mas a praia continua por quilômetros e
quilômetros, e há milhões de estrelas do mar!” respondeu o velho, “Que
diferença é que faz esse teu esforço?”.
O rapaz olhou para a estrela do mar que tinha na
mão e então atirou-a para a segurança das ondas E FALOU: “Para esta”. E, após
um período de silêncio enquanto olhavam o mar, disse ele: “Para esta, fez a
diferença; Eu faço a minha parte”.
Remete-nos ao ensino de Jesus aos discípulos: E
dizia: (Marcos 4:26-29)...O reino de Deus é assim como se um homem lançasse
semente à terra. E dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente
brotasse e crescesse, não sabendo ele como. Porque a terra por si mesma
frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, por último o grão cheio na espiga.
E, quando já o fruto se mostra, mete-se-lhe logo a foice, porque está chegada a
ceifa.
Em nossa caminhada cristã, muitas vezes não vemos o
resultado de uma semente lançada, e achamos que falar do evangelho e de Cristo
para algumas pessoas não levará a nada. Acontece que a ordenança de Jesus foi:
IDE E PREGAI O EVANGELHO... IDE E FAZEI DISCÍPULOS. (Marcos 16:15); (Mat.
28:19).
Vamos fazer a nossa parte; Semear, mesmo gemendo ou
chorando, pois assim fazendo estamos agradando ao Senhor, e Ele faz promessa
através de sua palavra: (Sal.126:5,6) ... Os que semeiam em lágrimas segarão
com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará,
sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.
A verdade é que não entendemos a plenitude das
coisas oriundas ao Reino de Deus, existem histórias fantásticas de como pessoas
encontraram a Cristo das formas mais impensáveis;
Jesus ensinava a seus discípulos, e falou-lhe de
muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear. E,
quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves, e
comeram-na; E outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e
logo nasceu, porque não tinha terra funda; Mas, vindo o sol, queimou-se, e
secou-se, porque não tinha raiz. E outra caiu entre espinhos, e os espinhos
cresceram e sufocaram-na. E outra caiu em boa terra, e deu fruto: um a cem,
outro a sessenta e outro a trinta. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça (Mateus
13:3-9).
Assim amados: cumpramos a nossa obrigação, cada um
fazendo a sua parte, que é “PREGAR O EVANGELHO”; E a principal ferramenta que o
Senhor nos dá para realizarmos esta tarefa é o Evangelho. Paulo declara que o
Evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. O Evangelho é
a palavra de Deus aos homens, declarando-lhes o Seu amor, convocando-os ao
arrependimento e dando-lhes a grande notícia da salvação.
A missão que Jesus nos confia, como discípulos, é
tremenda: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações”. É uma alta e
sublime tarefa, pois nos constituiu como ser seus colaboradores para resgatar
homens e mulheres da morte e das trevas e conduzi-los ao seu Reino de amor.
Sabendo que a única pregação que forma discípulos é
a pregação do Evangelho do Reino, não podemos desanimar de anunciar o evangelho,
e muito menos parar em meio a jornada, pois recebemos uma comissão para esse
fim, no que Paulo entende como uma “obrigação”, e ainda certo que se fizermos
de boa mente teremos recompensa. Veja: (I Cor.9:16) ... Porém, quando prego o
evangelho, não vejo como me orgulhar, pois a mim é imposta a obrigação de
proclamar. Ai de mim se não anunciar o Evangelho! 17Porquanto, se prego de
espontânea vontade, tenho direito a recompensa; entretanto, como prego por
obrigação, estou simplesmente cumprindo uma missão a mim confiada. No entanto,
entendamos que a recompensa é só para os que perseverarem, até o “fim”. Jesus nos
alerta: (Mat.24:13,14) ... Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será
salvo. E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a
todas as nações, e então virá o fim.
Continuemos a fazer como o garoto; continuemos a
fazer nosso trabalho, e cumprindo a nossa obrigação, pois cada um prestará
conta de seu trabalho, e do que fez com os talentos recebidos, certo que cada
um receberá a recompensa devida. Veja a parábola dos talentos: No acerto de
contas vemos que aquele senhor se alegra com os servos que multiplicaram o
talento que receberam, sem distinção. O que recebeu menos foi honrado do mesmo
jeito que o que recebeu mais. O que o senhor viu foi a fidelidade no uso
daqueles talentos: “Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos,
entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui
outros cinco talentos que ganhei. Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e
fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu
senhor.” Deus nos cobrará pelo que fizermos com os talentos Todos os três
homens que receberam talentos foram cobrados pelo que fizeram com eles. Receber
talentos é também receber responsabilidades. O último, apesar de ter apenas
conservado o seu talento, recebeu dura cobrança por não tê-lo multiplicado. O
senhor foi severo com ele, tirando dele aquele talento: “Respondeu-lhe, porém,
o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde
não espalhei? (…) Tirai-lhe pois o talento e dai-o ao que tem dez”. (Mat.25:14-29).
Façamos a nossa parte... Não queiramos ser tidos
como “servos inúteis”, pois o fim será trágico. (Mateus 25:30) ... Lançai,
pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de
dentes. Lembremo-nos que naquele dia não haverá mais misericórdia.