NÃO
HAJA SILÊNCIO EM VÓS!
“Ó
Jerusalém, sobre os teus muros pus guardas, que todo o dia e toda a noite de
contínuo se não calarão: ó vós, os que fazeis menção do nome do Senhor, não
haja silêncio em vós!”- Isaías 62:6. Jerusalém e Sião definem um mesmo lugar: a
cidade que Deus escolheu.
Jerusalém
e Sião definem também, num simbolismo, a Igreja de Deus. Deus está sempre
atento ao seu povo. Tem propósitos para ele. Tem cuidados para o seu povo. Tem
recursos ao seu serviço. O Senhor tinha um propósito de prosperar Jerusalém.
Havia pensado em exaltá-la, porém, o grande risco é o povo ou o homem perder-se
dos propósitos divinos. Por isso Deus põe seus guardiões. São servos seus para
reavivar o propósito divino. Deus tem pessoas que usa para esse mister. Guardas
sobre os muros, vidas atentas. Pessoas que enxergam mais distante, que
discernem mais. Sobre elas repousa a responsabilidade do propósito divino. São
líderes, homens e mulheres, até crianças. Pessoas que entendem a hora; que
discernem os motivos; que entenderam a visão. Há uma preocupação de Deus para
com estas pessoas. Precisam ser firmes, perseverantes. Precisam ser imbatíveis,
denodadas. Precisam estar no seu lugar. Deus resume sua preocupação numa
advertência: “Não haja silêncio em vós.” Só podem calar-se quando o propósito
for atingido, quando o que Deus planejou concretizar-se. Falo com você, que é líder na obra de Deus.
Você que está sobre o muro, não da indecisão, mas da responsabilidade
espiritual: “não se silencie!” Deus conta com você. Ele o tem posto em seu
lugar. Deus não quer que você se acomode.
É simples isentar-se. Não sofrer dores ficando distante e indiferente.
Deixar “a coisa andar, para ver onde é que chega”. Ficar calado. Quieto. Muita
gente até deseja que você aja deste modo. Deus não! Não o pôs sobre o muro para
que misturasse seus sentimentos com os dos outros. Não o pôs sobre o muro para cochilar, apenas
esperando as recompensas. Sobre si pesa uma responsabilidade grande. O sucesso
dos propósitos divinos conta consigo.
Não adote a visão de todos. Não aceite ver tudo como comum. Não aceite a visão
dos que dizem que tudo deve ser mesmo deste jeito. Que não há mudança. Que não
existe esperança mais. Que tudo é relativo. Deus quer que a sua voz se destaque
da voz da multidão. Deus precisa que ela ouça os seus gritos. Deus não quer que
você se acovarde. Que retroceda com medo
dos sofrimentos. Que volte atrás por causa das “caras feias”. Que exagere a sua
visão dos riscos. Quem tem Deus não precisa temer os riscos, quando a Ele
obedece. Não deixe que as ameaças o silenciem. Não busque esconder-se nas suas
fraquezas, mas, refugie-se no poder de Deus. Homens e circunstâncias são
transitórios, o propósito de Deus é eterno. Deus não quer que você se distraia.
Se tivesse licença para distrair-se, não teria sido posto sobre o muro.
Quem
está sobre o muro tem função de vigilância. Deve estar alerta. Postar-se
atento. Aguçar visão e audição. Se fizer silêncio, ninguém será estimulado. Se
fizer silêncio, ninguém receberá consolação. Se fizer silêncio, Deus não será
exaltado. O inimigo talvez esteja tentando lhe convencer a descer do muro. Tem outras tarefas. Aponta opções. Argumenta
que obedecer a Deus é maçante, monótono. Que está perdendo. Não desça! Deus conta
com você. Você está envolvido no mais alto propósito.
O
Apóstolo Paulo foi colocado em uma posição de destaque para falar do amor e da
graça de Deus, e, uma noite, estando Paulo chegando a cidade de Corintos, Deus
apareceu aa Paulo. Atos 18:9... E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas,
mas fala, e não te cales;
Deus
quando enviou Ezequiel à Casa de Israel, Deus já conhecia a dureza de coração
do povo, por isso Deus alertou a Ezequiel:
a)
Ezequiel 2:4-7... O povo a quem vou enviá-lo é obstinado e rebelde. Diga-lhe:
Assim diz o Senhor Soberano. E, quer aquela nação rebelde ouça, quer deixe de
ouvir, saberá que um profeta esteve no meio dela. E você, filho do homem, não
tenha medo dessa gente nem das suas palavras. Não tenha medo, ainda que o cerquem
espinheiros, e você viva entre escorpiões. Não tenha medo do que disserem, nem
fique apavorado ao vê-los, embora sejam uma nação rebelde. Você lhes falará as
minhas palavras, quer ouçam quer deixem de ouvir, pois são rebeldes.
b)
Ezequiel 3:27... Mas, quando eu falar contigo, abrirei a tua boca, e lhes
dirás: Assim diz o Senhor DEUS: Quem ouvir ouça, e quem deixar de ouvir, deixe;
porque eles são casa rebelde.
Paulo,
no entanto, define-se a si mesmo antes de mais como sendo um missionário, um
apóstolo, «escolhido desde o seio para anunciar a Cristo entre os gentios» (Gl
1,15 – 16), ou seja, entre aqueles que não pertenciam ao povo eleito. «Apóstolo
por vocação» (Rm 1,1), nunca se concebeu sem esta característica que o levou a
cruzar, ao longe e ao largo, as principais províncias do Império romano, para
«se fazer fraco com os fracos, a fim de ganhar os fracos, fazendo-se tudo para
todos, a fim de salvar alguns a qualquer custo» (1Cor 9,22). É por isso que
logo no início das suas cartas começa por se apresentar como «apóstolo de Jesus
Cristo por vontade de Deus» (1 Cor 1,1), «eleito de antemão para anunciar o
Evangelho de Deus» (Rm 1,1). Assim, Paulo não podia calar-se; sentia-se na
obrigação de anunciar o Evangelho (1 Coríntios 9:16)... Porque, se anuncio o evangelho,
não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se
não anunciar o evangelho!
É
preciso ter o sentimento de Paulo e entender que Deus foi quem nos comissionou.
“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores” (Ef 4.11). Deus tem seus
caminhos e suas maneiras de agir, às vezes muito estranhas (cf. Is 28.21).
Diante de um chamado tão singular e diferente dos demais apóstolos, Paulo tinha
razão em dizer que era chamado pela vontade de Deus e não dos homens. Até seu
nome foi mudado, de Saulo (hb. Sha 'ul, o que foi pedido) para Paulo (gr.
Paulus, baixo, pequeno, humilde), após ser convocado pelo Espírito Santo para
ser enviado para a missão (At 13.8).
Há
uma controvérsia que atravessa séculos acerca da atualidade do ministério de
apóstolo. Há uma corrente de estudiosos da Bíblia, que podemos chamar de
“cessacionista”, a exemplo do que ocorre com a atualidade dos espirituais, que
também entende que o ministério apostólico “cessou” com os primeiros discípulos
de Cristo. Outros entendem que ainda existem apóstolos, hoje, ainda que numa
conotação um tanto diferente dos primeiros doze apóstolos de Cristo.
Além
dos 12 apóstolos de Cristo, que integraram o chamado “Colégio Apostólico”,
vemos, no Novo Testamento, que outros apóstolos foram levantados por Deus, sem
que nenhum se considerasse sucessor de outro. Paulo e Barnabé não pertenciam ao
“grupo dos 12”; mas eram apóstolos, credenciados por Deus para realizar a
missão que lhes foi confiada (1 Co 1.1; Cl 1.1; At 13.46); Tiago, “irmão do
Senhor”, também recebia a qualificação de apóstolo (Gl 1.19).
O
que importa é que fomos escolhidos e Enviados para uma missão e não podemos
parar e muito menos nos calar. (João 15:16)... Não me escolhestes vós a mim,
mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso
fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo
conceda.
Deus
disse ainda a Ezequiel: (Ezequiel 3:17)... Filho do homem, eu te dei por
atalaia sobre a casa de Israel; quando ouvires uma palavra da minha boca,
avisá-los-ás da minha parte.
Você
foi chamado tem convicção de seu chamado? EU FUI E TENHO CONVICÇÃO.
Apóstolo
João Marcos Ferreira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário