sexta-feira, 24 de outubro de 2014

NÃO HAJA SILENCIO NO MEIO DE VÓS. FALA E NÃO TE CALES

NÃO HAJA SILÊNCIO EM VÓS!

“Ó Jerusalém, sobre os teus muros pus guardas, que todo o dia e toda a noite de contínuo se não calarão: ó vós, os que fazeis menção do nome do Senhor, não haja silêncio em vós!”- Isaías 62:6. Jerusalém e Sião definem um mesmo lugar: a cidade que Deus escolheu.
Jerusalém e Sião definem também, num simbolismo, a Igreja de Deus. Deus está sempre atento ao seu povo. Tem propósitos para ele. Tem cuidados para o seu povo. Tem recursos ao seu serviço. O Senhor tinha um propósito de prosperar Jerusalém. Havia pensado em exaltá-la, porém, o grande risco é o povo ou o homem perder-se dos propósitos divinos. Por isso Deus põe seus guardiões. São servos seus para reavivar o propósito divino. Deus tem pessoas que usa para esse mister. Guardas sobre os muros, vidas atentas. Pessoas que enxergam mais distante, que discernem mais. Sobre elas repousa a responsabilidade do propósito divino. São líderes, homens e mulheres, até crianças. Pessoas que entendem a hora; que discernem os motivos; que entenderam a visão. Há uma preocupação de Deus para com estas pessoas. Precisam ser firmes, perseverantes. Precisam ser imbatíveis, denodadas. Precisam estar no seu lugar. Deus resume sua preocupação numa advertência: “Não haja silêncio em vós.” Só podem calar-se quando o propósito for atingido, quando o que Deus planejou concretizar-se.   Falo com você, que é líder na obra de Deus. Você que está sobre o muro, não da indecisão, mas da responsabilidade espiritual: “não se silencie!” Deus conta com você. Ele o tem posto em seu lugar. Deus não quer que você se acomode.  É simples isentar-se. Não sofrer dores ficando distante e indiferente. Deixar “a coisa andar, para ver onde é que chega”. Ficar calado. Quieto. Muita gente até deseja que você aja deste modo. Deus não! Não o pôs sobre o muro para que misturasse seus sentimentos com os dos outros.  Não o pôs sobre o muro para cochilar, apenas esperando as recompensas. Sobre si pesa uma responsabilidade grande. O sucesso dos propósitos  divinos conta consigo. Não adote a visão de todos. Não aceite ver tudo como comum. Não aceite a visão dos que dizem que tudo deve ser mesmo deste jeito. Que não há mudança. Que não existe esperança mais. Que tudo é relativo. Deus quer que a sua voz se destaque da voz da multidão. Deus precisa que ela ouça os seus gritos. Deus não quer que você se acovarde. Que retroceda  com medo dos sofrimentos. Que volte atrás por causa das “caras feias”. Que exagere a sua visão dos riscos. Quem tem Deus não precisa temer os riscos, quando a Ele obedece. Não deixe que as ameaças o silenciem. Não busque esconder-se nas suas fraquezas, mas, refugie-se no poder de Deus. Homens e circunstâncias são transitórios, o propósito de Deus é eterno. Deus não quer que você se distraia. Se tivesse licença para distrair-se, não teria sido posto sobre o muro. 
Quem está sobre o muro tem função de vigilância. Deve estar alerta. Postar-se atento. Aguçar visão e audição. Se fizer silêncio, ninguém será estimulado. Se fizer silêncio, ninguém receberá consolação. Se fizer silêncio, Deus não será exaltado. O inimigo talvez esteja tentando lhe convencer a descer do muro.  Tem outras tarefas. Aponta opções. Argumenta que obedecer a Deus é maçante, monótono. Que está perdendo. Não desça! Deus conta com você. Você está envolvido no mais alto propósito. 
O Apóstolo Paulo foi colocado em uma posição de destaque para falar do amor e da graça de Deus, e, uma noite, estando Paulo chegando a cidade de Corintos, Deus apareceu aa Paulo. Atos 18:9... E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala, e não te cales;
Deus quando enviou Ezequiel à Casa de Israel, Deus já conhecia a dureza de coração do povo, por isso Deus alertou a Ezequiel:
a) Ezequiel 2:4-7... O povo a quem vou enviá-lo é obstinado e rebelde. Diga-lhe: Assim diz o Senhor Soberano. E, quer aquela nação rebelde ouça, quer deixe de ouvir, saberá que um profeta esteve no meio dela. E você, filho do homem, não tenha medo dessa gente nem das suas palavras. Não tenha medo, ainda que o cerquem espinheiros, e você viva entre escorpiões. Não tenha medo do que disserem, nem fique apavorado ao vê-los, embora sejam uma nação rebelde. Você lhes falará as minhas palavras, quer ouçam quer deixem de ouvir, pois são rebeldes.
b) Ezequiel 3:27... Mas, quando eu falar contigo, abrirei a tua boca, e lhes dirás: Assim diz o Senhor DEUS: Quem ouvir ouça, e quem deixar de ouvir, deixe; porque eles são casa rebelde.
Paulo, no entanto, define-se a si mesmo antes de mais como sendo um missionário, um apóstolo, «escolhido desde o seio para anunciar a Cristo entre os gentios» (Gl 1,15 – 16), ou seja, entre aqueles que não pertenciam ao povo eleito. «Apóstolo por vocação» (Rm 1,1), nunca se concebeu sem esta característica que o levou a cruzar, ao longe e ao largo, as principais províncias do Império romano, para «se fazer fraco com os fracos, a fim de ganhar os fracos, fazendo-se tudo para todos, a fim de salvar alguns a qualquer custo» (1Cor 9,22). É por isso que logo no início das suas cartas começa por se apresentar como «apóstolo de Jesus Cristo por vontade de Deus» (1 Cor 1,1), «eleito de antemão para anunciar o Evangelho de Deus» (Rm 1,1). Assim, Paulo não podia calar-se; sentia-se na obrigação de anunciar o Evangelho (1 Coríntios 9:16)... Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!
É preciso ter o sentimento de Paulo e entender que Deus foi quem nos comissionou. “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores” (Ef 4.11). Deus tem seus caminhos e suas maneiras de agir, às vezes muito estranhas (cf. Is 28.21). Diante de um chamado tão singular e diferente dos demais apóstolos, Paulo tinha razão em dizer que era chamado pela vontade de Deus e não dos homens. Até seu nome foi mudado, de Saulo (hb. Sha 'ul, o que foi pedido) para Paulo (gr. Paulus, baixo, pequeno, humilde), após ser convocado pelo Espírito Santo para ser enviado para a missão (At 13.8).
Há uma controvérsia que atravessa séculos acerca da atualidade do ministério de apóstolo. Há uma corrente de estudiosos da Bíblia, que podemos chamar de “cessacionista”, a exemplo do que ocorre com a atualidade dos espirituais, que também entende que o ministério apostólico “cessou” com os primeiros discípulos de Cristo. Outros entendem que ainda existem apóstolos, hoje, ainda que numa conotação um tanto diferente dos primeiros doze apóstolos de Cristo.
Além dos 12 apóstolos de Cristo, que integraram o chamado “Colégio Apostólico”, vemos, no Novo Testamento, que outros apóstolos foram levantados por Deus, sem que nenhum se considerasse sucessor de outro. Paulo e Barnabé não pertenciam ao “grupo dos 12”; mas eram apóstolos, credenciados por Deus para realizar a missão que lhes foi confiada (1 Co 1.1; Cl 1.1; At 13.46); Tiago, “irmão do Senhor”, também recebia a qualificação de apóstolo (Gl 1.19).
O que importa é que fomos escolhidos e Enviados para uma missão e não podemos parar e muito menos nos calar. (João 15:16)... Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.
Deus disse ainda a Ezequiel: (Ezequiel 3:17)... Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; quando ouvires uma palavra da minha boca, avisá-los-ás da minha parte.
Você foi chamado tem convicção de seu chamado? EU FUI E TENHO CONVICÇÃO.


Apóstolo João Marcos Ferreira.

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