terça-feira, 5 de novembro de 2013

O TEU POVO É O MEU POVO.



O TEU POVO É O MEU POVO E O TEU DEUS É O MEU DEUS (Ruth 1:16).

O exemplo de Rute... Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu vás irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; ‘o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus”; onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada. Faça-me assim o SENHOR, e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti. (Rute 1:16-17). Eis aqui, na vida de Ruth, a moabita, um verdadeiro exemplo de amor e abnegação.
Esse texto bíblico bem que poderia falar mais alto aos corações dos que se intitulam “Povo de Deus”. Nos fala de “união”, nos fala de na realidade do que Jesus mais se preocupou, dando provas e instruindo aos irmãos... Amai-vos uns aos outros.
O amor de Rute por Noemi deveria ser um exemplo a ser seguido por todo o povo de Deus, amando até quando necessário morrer... “onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada”.
O que vemos infelizmente e certamente Deus cobrará de todos nós, é o individualismo, demonstrando que a essência do amor já não mais existe entre os irmãos. Veja o que escreveu o Apóstolo Paulo: "O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não é invejoso, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, “não procura os seus interesses”, não se irrita, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas folga com  a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." (1Co 13:4-6). Muito fácil observar que o interesse pessoal é o que predomina... infelizmente.
Estamos nos aproximando de um momento muito propício a que cada um busque seus próprios interesses, pois nos aproximamos do período político. Cuidado com a contaminação com o fermento dos fariseus; é preciso compreender que “Um pouco de fermento leveda toda a massa”.
Jesus advertiu os discípulos do fermento dos Fariseus e Saduceus com grande razão. Se os discípulos sentiam satisfeitos consigo mesmos, se os dons extraordinários os fizessem pensar mais de se mesmos do que deviam, de ser autossuficientes por serem escolhidos a mão por Jesus e ajuntados na primeira igreja do Senhor, e de pensar que tudo isso era por ter algo de mérito em si mesmos, eles seriam inúteis para a obra. Se eles ficassem cheios de si mesmos por terem a confissão correta que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vive, ou seja, o alicerce da igreja, eles tornariam inúteis para o povo, desagradáveis a Deus e fedorentos à causa de Cristo. Com grande razão Cristo advertiu os discípulos do fermento dos Fariseus e Saduceus. Com grande razão somos advertidos pelo que lemos nas Escrituras. Confie nas Escrituras! Não creia no seu próprio coração.
O Cristão precisa ser constantemente purificado do fermento velho. Como o fermento está em todo lugar no ar, fermentando o pão naturalmente e provocando as alergias que muitos têm dele, também as influencias que estimulam a exaltação da carne está em todo lugar. Não é aparência que agrada o Senhor mas a substância, a verdadeira vida nova de Cristo vivendo nas vidas, orações, e testemunhos dos Cristãos.
Convém que se lembrem desta advertência. Não é agradável a Deus que sejam satisfeitos com as tapinhas nas costas, o favor do povo, as posições na igreja ou na sociedade religiosa. Seja acautelados dessas coisas pois isto é o fermento dos Fariseus e dos Saduceus! Pode ser que o homem olhe ao lado exterior mas Deus vê o coração. Tanto vê quanto julga. Cuide-se!
Um grande cuidado que devemos ter é com a Igreja de Deus, sabendo que a Igreja de Deus não pode ser negociada como se fosse uma mercadoria (em tempos de política, determinados lideres negociam o voto dos irmãos da Igreja em barganha por benefícios e fantasiosos projetos). Muitos entendem que são donos da Igreja, e por isso pode negociar e fazer instrumentos de barganha em suas pretensões, esquecendo de que a Igreja tem dono, e eles vão prestar contas a Deus de tudo.
A IGREJA NÃO É DO PASTOR – Ao Pastor de uma igreja foi confiada grande autoridade unida a grande responsabilidade. Como o bispo da igreja ele é individualmente a maior autoridade da igreja, o supervisor, administrador, gerente de toda a igreja, porém, pesa sobre ele a gravíssima responsabilidade de prestar contas diretamente a Deus pelo rebanho do Senhor, a ele confiado. Por isso, o pastor bíblico deve pastorear a igreja como a “igreja de Deus” e não como a “sua” igreja, como se tivesse o direito de fazer com ela o que melhor lhe parecesse.
A IGREJA NÃO É DOS CRENTES – A igreja de Coríntios tinha os crentes mais “carnais” destruidores da igreja de Deus que se tem registro. O espírito destruidor dos coríntios estava exatamente no fato de tratarem a igreja como se fosse deles. Por isso, Paulo começa aquela carta, baseando toda sua doutrina e instrução para igreja, no fato de que a igreja é de Deus, e não dos crentes, e que o Senhor é a autoridade máxima da igreja, ou seja, Cristo e não os crentes.
A IGREJA É DE DEUS - Foi estabelecida por Ele e para Ele que, mesmo até agora, continua a edificá-la: "Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16.18). Temos aqui uma óbvia reivindicação de Cristo de que Ele é Deus.
Estejamos certos que é no amor de Deus que a Igreja de Cristo se torna unida, se torna um Corpo, um rebanho, vive numa só fé, adora a um só Senhor. É o amor de Deus que faz as pessoas estarem bem ajustadas, assim como ajustadas e convictas estava o amor entre Rute e Noemi: Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu vás irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; ‘o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus”; onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada. Faça-me assim o SENHOR, e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti. (Rute 1:16-17).

Pastor João Marcos.

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