Teologia - A teologia do tombo e a unção do cai-cai.
Uma das
principais características dos cultos neopentecostais é a chamada “unção
do cai-cai.” A cantora Ana Paula Valadão, (veja vídeo abaixo) pastora
da Igreja Batista da Lagoinha, protagonizou umas das típicas cenas deste
movimento onde mediante o sopro de um pastor ela caiu no Espirito.
Pois é, basta com que o pregador sopre ou atire o seu paletó contra o
público, que um número incontável de pessoas caem no chão, quer
desacordadas ou tomadas por aquilo que alguns denominam de unção do
riso.
A unção do cai-cai iniciou-se com o americano Randy
Clark, que foi ordenado pastor em 1950. Segundo alguns relatos, ele
recebeu uma profecia que afirmava que através de sua vida e ministério
pessoas seriam derrubadas no Espírito. Para o pastor Clark, a unção era
como dinamite, e a fé como a cápsula que explode a dinamite. Clark é
autor do movimento "Catch the fire" ( agarre o fogo) que possuía uma
noção estranha do signiifcado do poder divino.
Gostaria de
ressaltar que na terra do Tio Sam, a unção do cai-cai virou uma febre.
Pastores como Benny Hinn, Keneth Haigin também foram protagonistas na
arte do tombo, disseminando sobre milhões de pessoas em toda a América
um conceito eerrôneo e equivocado além é claro de anti-bíblico sobre o
poder de Deus.
No Brasil, o movimento ganhou popularidade na
década de 80 através do pastor Argentino Carlos Anacôndia. Anacôndia
chegou ao Brasil, através das Comunidades Evangélicas, que mediante
encontros e congressos esparramados em todo país, difundiram na igreja
brasileira esta prática e comportamento doutrinário. Em 1990, a unção
do cai-cai se espalhou de tal forma, que os crentes em Jesus passaram a
acreditar que quando caíam no Espírito experimentavam cura para suas
almas e a unção do tombo representava um olhar especial de Deus para com
os seus filhos.
Em 1994 na Igreja Comunhão Divina do
Aeroporto de Toronto, Canadá. Surge a bênção de Toronto, onde as
pessoas movidas por uma “especial unção” cairam no chão, sem fala,
rindo, chorando ou dando gargalhadas. Em pouco tempo, o templo estava
lotado, vindo pessoas de todos os países e região. Em pouco tempo, as
manifestações dos mais diferentes tipos de unções se fez presente no
Canadá. Por exemplo, o pastor da Igreja de Vancouver, afirmou também
que havia recebido uma profecia que o Espírito Santo se manifestaria
imitando o som dos animais. Vale a pena ressaltar que o próprio pastor
começou a urrar como leão, alegando que era o leão da tribo de Judá, uma
das maneiras como Jesus é chamado na Bíblia.
Caro leitor, a
luz disto tudo resta-nos perguntar: Existe fundamento bíblico para este
tipo de unção? Em que lugar no Novo Testamento, vemos Jesus ou os
apóstolos ensinando sobre a necessidade de cair no Espirito? Ou ainda,
quais são os pressupostos teológicos que nos dão margem para acreditar
na zooteologia, onde Deus se manifesta através de grunhidos animalescos?
Prezado amigo, vale a pena ressaltar que ao longo da história pessoas
caíram prostradas diante de Deus. Jonathan Edwards nos traz relatos
absolutamente impressionantes da manifestação do poder e da graça
divina. John Wesley, em determinado momento da vida ao pregar o
Evangelho da Salvação Eterna levou centenas de pessoas ao chão chorando e
confessando os seus pecados. Agora, vamos combinar uma coisa? A
quantidade de pessoas que dizem que foram derrubadas pelo Espírito de
Deus e que continuam com o mesmo tipo de vida não está no Gibi. As
pessoas que caem rugem como leões, latem como cães, comportam-se como
animais e vivem uma vida cristã absolutamente aquém daquilo que Deus
projetou.
Prezado irmão, quando o apóstolo João, ouviu a voz do
Senhor na ilha de Patmos, prostrou-se conscientemente diante de Deus
confessando o Senhorio de Cristo. Isaías, quando viu o Senhor no alto e
sublime trono, curvou-se no chão dizendo, SANTO, SANTO, SANTO. Agora, o
que não dá pra entender é esse cai-cai que não produz mudanças,
arrependimentos e conversão de pecados.
Como já escrevi
anteriormente creio veementemente que boa parte dos nossos problemas
eclesiásticos se deve ao fato de termos abandonado a margem da
existência as Escrituras. Não tenho a menor dúvida de que somente a
Bíblia Sagrada é a suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; só
ela é o árbitro de todas as controvérsias, como também a norma para
todas as decisões de fé e vida. É indispensável que entendamos que a
autoridade da Escritura é superior à da Igreja, da tradição, bem como
das experiências místicas adquiridas pelos crentes. Como discípulos de
Jesus não nos é possível relativizarmos a Palavra Escrita de Deus, ela é
lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos.
O
reformador João Calvino costumava dizer que o verdadeiro conhecimento de
Deus está na bíblia, e de que ela é o escudo que nos protege do erro.
Em tempos difíceis como o nosso, precisamos regressar à Palavra de
Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento, até
porque somente assim conseguiremos discernir o verdadeiro do falso.
Pense nisso!
Anestesico inalatorio faz movimento cai cai e repouso no espirito veja no youtube sobre o fedo no colete do Feliciano ninguem empurrou ele.
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