segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

SOMOS O ISRAEL DE DEUS?



SOMOS O ISRAEL DE DEUS?


Os estudiosos chamam esta doutrina de teologia da substituição. Por esta perspectiva muitos crentes interpretam as escrituras de forma a entender que Deus rejeitou o povo judeu e cumprirá suas promessas através unicamente da Igreja.
Na realidade, Deus não rejeitou o povo judeu; foram os judeus que rejeitaram o filho de Deus quando veio ao mundo para nos trazer a Salvação. Quanto a nós, que éramos apenas jambuzeiros bravos, fomos enxertados na oliveira verdadeira através de Jesus. (Rom. 11:17 a 36)
Quanto ao pensamento de que a nova Aliança, Israel foi substituído pela Igreja, sendo esta agora o alvo dos pactos e promessas divinas, não estamos falando da teoria da substituição ; estamos falando que Israel foi e sempre será o povo escolhido como sacerdote de Deus entre as nações, e, em nenhum momento as Escrituras incentivam as pessoas a se tornarem judias e muito menos insinua que os que creem em Cristo tomam o lugar dos judeus diante de Deus.
Paulo diz em Romanos 11:29, referindo ao povo de Israel que “os dons e a vocação de Deus são irretratáveis”. Além disso, afirma que “Deus não rejeitou seu povo” (Rm 11:1). A figura que o apóstolo utiliza neste texto é que nós os gentios crentes fomos enxertados na oliveira que é Israel. Com humildade cabe, portanto, aos não judeus que creem em Cristo reconhecerem que foram aproximados através do sangue de Jesus, ao povo de Israel (Efésios 2:11-14).
O que devemos compreender é que nós, gentios crentes, estamos ligados ao povo de Israel em amor.
Israel de Deus. Esta expressão, encontrada somente uma vez nas Escrituras, refere-se ao Israel espiritual, em vez de aos descendentes raciais de Jacó, cujo nome foi mudado para Israel. (Gên 32:22-28) A Bíblia fala do “Israel de modo carnal” (1Co 10:18), bem como do Israel espiritual, composto daqueles para os quais descender de Abraão não é um requisito. (Mt 3:9) O apóstolo Paulo, ao usar a expressão “o Israel de Deus”, mostra que esta nada tem que ver com se a pessoa é ou não um descendente circuncidado de Abraão. — Gál 6:15, 16.
O profeta Oséias predisse que Deus, ao rejeitar a nação do Israel natural em favor desta nação espiritual, que inclui os gentios, diria ‘aos que não eram seu povo: “Tu és meu povo”’. (Os 2:23; Rom. 9:22-25) No tempo devido, o Reino de Deus foi tirado da nação dos judeus naturais e dado a uma nação espiritual que produzia os frutos do Reino. (Mt. 21:43) Não há dúvida de que o Israel espiritual inclui judeus naturais. Os apóstolos e outros que receberam espírito santo em Pentecostes de 33 EC (cerca de 120), os acrescentados naquele dia (cerca de 3.000), e os que mais tarde engrossaram tais números para cerca de 5.000, eram todos judeus e prosélitos. (At 1:13-15; 2:41; 4:4) Mas, mesmo assim eram, como Isaías os descreveu, “um mero restante” salvo daquela nação rejeitada. — Is 10:21, 22; Rom 9:27.
Outros textos explanam este assunto. Com a remoção de alguns “ramos naturais” da oliveira figurada, houve um enxerto de ramos ‘bravos’ de não israelitas, de modo que não havia nenhuma distinção racial ou classista entre os que ‘são realmente descendente de Abraão, herdeiros com referência a uma promessa’. (Rom. 11:17-24; Gál. 3:28, 29) “Nem todos os que procedem de Israel são realmente ‘Israel’.” “Porque não é judeu aquele que o é por fora, nem é circuncisão aquela que a é por fora, na carne. Mas judeu é aquele que o é no íntimo, e a sua circuncisão é a do coração, por espírito.” (Rom 9:6; 2:28, 29) O Israel natural deixou de produzir o número exigido, de modo que Deus “voltou a sua atenção para as nações, a fim de tirar delas um povo para o seu nome” (At 15:14), a respeito do qual se disse: “Vós, outrora, não éreis povo, mas agora sois povo de Deus. Assim está escrito em:  (Êxodo 19:5)... Agora, se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal entre todas as nações.
O Apóstolo Pedro escreveu assim: Embora toda a terra seja minha, (1Pe 2: 9 e 10)... Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam”.

Fonte: A Palavra de Deus.

Apóstolo João Marcos.

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