quinta-feira, 28 de julho de 2016

SEMENTE AO SEMEADOR E PÃO AO QUE TEM FOME.

Sempre pelas madrugadas, desperto com Deus me falando alguma coisa. Hoje, 28/07/16, acordei com essa frase nitidamente em minha cabeça e coração, e se propaga até agora: Semente ao Semeador e Pão ao que tem fome. Sei que assim como os discípulos, fomos comissionados a IR e SEMEAR a Palavra de Deus nessa geração em que vivemos. Ide por todo o mundo e Ide e fazei discípulos...
O Apóstolo Paulo, considerado apóstolo dos gentios, escreveu: (II Coríntios 9:9-11) ... como está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça, enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus. Porque Paulo era chamado apóstolos dos Gentios? porque levou a mensagem de Cristo sobretudo às populações fora de Israel, aos pagãos, aos gregos e romanos, a não-judeus, apesar de não ser gentio, como podemos ler na sua carta aos (Filipenses, em 4,5) ... Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus...
NA PARÁBOLA DO SEMEADOR, Jesus define bem a Semente: “A PALAVRA DE DEUS".
A multidão curiosa que tinha ouvido a parábola do semeador não a entendeu. Mas, então, o que esperávamos? Nem os discípulos do   Senhor entenderam. "Então, lhes perguntou: Não entendeis esta parábola e como compreendereis todas as parábolas?" (Marcos 4:13). Jesus parece ter começado com a história do semeador porque ela abordava um conceito tão fundamental do reino do céu que a incapacidade de entendê-la prediria incapacidade de entender qualquer uma. A salvação dos discípulos era que, ainda que verdadeiramente não percebessem seu ponto, eles queriam saber, e ficaram para perguntar mais sobre o que ele queria dizer e para ouvir a paciente explanação de Jesus. A parábola do semeador contém três elementos: o semeador, a semente, e os solos. O semeador e a semente são constantes. O semeador é habilidoso e espalha a semente por igual. A semente é, indiscutivelmente, boa. Mas o trabalho hábil do semeador e a capacidade de germinação da semente dependem para seu sucesso da natureza do solo; foco da parábola.

Quem é o semeador? Jesus não diz claramente, más dá a entender, veja: (Marcos 4:13,14) ... E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas? O que semeia, semeia a palavra; Na parábola do trigo e do joio, Jesus diz que o semeador da boa semente é o "Filho do Homem" (Mateus 13:37), mas a preocupação naquela parábola são as origens contrastantes dos dois tipos de sementes. Aqui a identidade do semeador não é tão crítica. Quem quer que ele possa representar é essencialmente uma função do propósito da parábola. Se o seu intento foi ilustrar a resposta variável dos ouvintes à pregação pessoal de Jesus e forçá-los a um exame sério de si mesmos, então muito certamente o Senhor é o semeador. A aplicação, por Jesus, das palavras de Isaías a sua audiência, "Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos, e fecharam os olhos" (Mateus 13:14-15) parece sugerir essa interpretação. Mas se, por outro lado, o propósito desta parábola foi também fortalecer os corações incertos de seus discípulos, esperando, como estavam, o reino para levar cada alma diante dele, então certamente eles e aqueles que semeariam o mundo com o evangelho depois deles teriam que ser parte deste complexo plantador.

O significado da semente fica claramente demarcado para nós.
"Este é o sentido da parábola: A semente é a palavra de Deus" (Lucas 8:11). Ainda que não seja a mensagem primária desta parábola, o fato que a palavra de Deus é o poder que constrói o reino de Deus precisa de ênfase. Os mundos foram criados e são mantidos pela palavra de Deus (Hebreus 11:3; 1:3), e o sopro divino que está em suas palavras (Salmo 33:6) é o sopro que nos deu a vida (Gênesis 2:7). A palavra do Todo Poderoso responde aos nossos espíritos como a luz responde aos nossos olhos. Sua poderosa verdade viva penetra em nossos corações e põe a nu nossos mais íntimos pensamentos (Hebreus 4:12). É a palavra do evangelho que nos salva (Rom.1:18; I Cor. 1:21), e a "palavra da sua graça" que nos edifica e garante nossa herança entre o povo de Deus (Atos 20:23).

PÃO PARA QUEM TEM FOME. Sabemos que a fome é uma das experiências mais dramáticas na vida de uma pessoa. Ela produz inquietação, desespero e até mesmo a morte. Mas não queremos falar da fome do pão material; queremos falar da fome do Pão Espiritual, pois vivemos dias em que se cumpre a Palavra de Deus: “Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor” (Amós 8:11).

Quando lemos (Rute 1:1-3), observamos que certo dia, faltou pão na casa de pão. “E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra: pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele e sua mulher, e seus dois filhos. E era o nome deste homem Elimeleque, e o nome de sua mulher Noemi, e os nomes de seus filhos Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá: e vieram aos campos de Moabe, e ficaram ali. E morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com seus dois filhos…” Elimeleque tomou sua esposa e filhos e saiu da cidade em que moravam, Belém de Judá, que era também a sua cidade. Porque eles saíram de lá? Eles foram embora porque “houve uma fome na terra” e assim Elimeleque resolveu tomar sua família e sair de lá em busca de um lugar onde pudessem encontrar comida. Mas, como você verá, Elimeleque cometeu um erro muito grave; tomou a decisão de se mudar para a terra de Moabe; ele escolheu sair da terra de Israel e mudar-se para um outro país em procura de alimento e socorro. A princípio, esta decisão parecia ser correta, mas não foi, pois pegou sua esposa e seus filhos, saíram de Belém e foram para Moabe, onde havia muita idolatria, um local de pecado, onde as pessoas adoravam a um deus que não era O Deus verdadeiro. Significa dizer que quando você tem uma decisão a tomar, você deve pensar muito bem nesta decisão. Qual é o melhor caminho para a sua vida.

Você já ouviu a palavra Betel? Betel que dizer “casa de Deus”, porque foi nesse lugar que Abraão ergueu um altar em Betel, sacrificou ao Senhor e O adorou. E Belém, você sabe o que quer dizer? “Casa do pão”. Elimeleque estava saindo da “casa do pão” para buscar comida em outro lugar. Por que Deus, Jeová, o Deus de Israel permitiu que houvesse fome na “casa do pão” (Belém)? Para prová-los, pois aquela era uma hora de provação. Isso quer dizer que às vezes nós somos provados; às vezes nós passamos fome nesse lugar. Por quê? Por causa da nossa dureza; por estarmos descontentes com nossos irmãos, talvez por querermos outras coisas ou por acreditar que o mundo nos oferecerá muito mais do que Deus tem para nós. Hoje muitas pessoas estão famintas de outras coisas e não famintas de Deus. Buscam conhecer a respeito de Deus, mas não conhecer a Deus. Na realidade, amados; Posso ter muita informação sobre Deus e não ter intimidade com ele. Temos hoje igrejas cheias de pessoas vazias de Deus e igrejas vazias de pessoas cheias de Deus. Precisamos ter fome de Deus. O salmista disse: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Sl 42:2). Os filhos de Coré diziam “O meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo” (Sl 84:2).

As pessoas hoje estão buscando as bênçãos de Deus e não o Deus das bênçãos; Buscam as bênçãos e não o abençoador; Buscam os dons e não o doador; buscam seus interesses e não a glória de Deus; buscam saciar a fome das coisas da terra e não das coisas do céu. Paulo definiu essas pessoas: (I Cor. 15:19) ... Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.

Ter fome de Deus é fazer como Paulo: considerar como esterco (excremento, fezes), os favores da terra por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo. É não se contentar com farelo, com palha seca, com pão embolorado, que vem através da conivência com as políticas sujas de nossos dias (cargos e nomeações tão frequentes entre muitos líderes religiosos).  Veja o que Paulo diz: (Fil.3:7-11) ... Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé. Quero conhecer a Cristo, ao poder da sua ressurreição e à participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos.

Você tem fome de Deus? Você tem ansiado por Deus mais do que os guardas pelo romper da alva? Você tem clamado como Moisés: “Oh, Senhor eu quero ver a tua glória!”. Você tem clamado como Eliseu: “Senhor, eu quero porção dobrada do teu Espírito!” Ou será que estamos satisfeitos conosco mesmos como a igreja de Laodicéia? Jesus foi muito claro: (Mat. 5:6) ...  Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Justiça fala do Reino de Deus, que é formado pelo tripé: Justiça, Paz e Alegria no Espírito Santo. A fome e sede de justiça deve nos conduzir a duas atitudes ou nos levar a responder diante da realidade e dos desafios de duas formas: Primeiro não sendo indiferente diante das injustiças, pois se tem algo difícil de não demonstrar ou de esconder é quando estamos com fome ou com sede. Não podemos ser coniventes com a injustiça e sabemos que essa atitude pode nos custar caro, a exemplo de João Batista que preferiu perder a cabeça, a ficar calado e ser conivente com qualquer tipo de erro, pecado ou injustiça. Em segundo lugar a fome e a sede de justiça devem nos conduzir a alguma atitude que possamos de alguma forma, promover qualquer tipo de mudança para revelar que a vontade do Deus justo está se manifestando. Seja através da oração de um coração desesperado, de uma palavra profética de confronto, de um voto consciente ou ainda de qualquer resposta prática que contribua para manifestação dessa Justiça de Deus.

Conclusão:
Nós somos os responsáveis por semear a BOA SEMENTE e levar PÃO AO FAMINTO, hoje. Pão é o próprio Jesus, pois foi ele mesmo quem disse: “Eu sou o pão que desceu do céu” (Jo 6:41). E a Semente é a Palavra de Deus que nos foi revelada. Disse Jesus: A vós vos é dado conhecer os mistérios do reino de Deus, mas aos outros por parábolas, para que vendo, não vejam, e ouvindo, não entendam. Esta é, pois, a parábola: A semente é a palavra de Deus; (Lucas 8:10,11).

Tenhamos cuidado! Cumpramos nosso ministério, ainda que odiados por alguns, mas com a certeza de que somos amados por Deus, e isso é o que importa.
  



Pastor João Marcos Ferreira – 28/07/2016.

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