Falar
de CALVÁRIO. Desde há muito que os Pregadores não falam de Calvário. Mas porque
falar de Calvário? Falar de Calvário fala de sofrimento; falar de Calvário não
dá ibope; Calvário não lota Igrejas; falar de Calvário não rende ofertas e
propósitos. O que LOTA IGREJA E RENDE MUITO DINHEIRO É: FALAR DE MILAGRES E
PROSPERIDADE. Esquecem tais Pastores e Pregadores que Jesus nos mandou pregar
EVANGELHO. FALEMOS ENTÃO DE CALVÁRIO.
Calvário
(em aramaico Gólgota) é o nome dado à colina que na época de Cristo ficava fora
da cidade de Jerusalém, onde Jesus foi crucificado. Calvaria em latim, Κρανι
O
Novo Testamento descreve o Calvário como perto de Jerusalém (João 19:20), e
fora das muralhas da cidade (Epístola aos Hebreus 13:12). Isso está de acordo
com a tradição judia, em que Jesus foi também enterradosepultado perto do lugar
de sua execução.
O
Calvário é mencionado em todos os quatro evangelhos, quando relatam a
crucificação de Jesus:
·
Evangelho
de Mateus 27: 33... E eles chegaram a um lugar chamado Gólgota, que significa o
Lugar da Caveira.
·
Evangelho
de Marcos 15: 22... E eles levaram-no ao lugar chamado Gólgota, que é traduzido
por Lugar da Caveira.
·
Evangelho
de Lucas 23: 33... Então eles chegaram ao lugar chamado de Caveira.
·
Evangelho
de João 19: 17... E carregando ele mesmo a sua cruz, saiu para o assim chamado
Lugar da Caveira, que em hebraico se diz Gólgota. Lugar alternativo do Monte
Gólgota, a leste de Jerusalém, próximo ao Jardim do Túmulo.
As
horas mais solitárias que alguém já passou sobre a terra foram as horas do Calvário.
Segundo a Escritura, Jesus foi crucificado à "hora terceira" (Mc
15.25) (às nove horas da manhã). E à "hora nona" (às três horas da
tarde) Ele deu Seu grito alucinante: "Eloí, Eloí, lamá sabactâni?... Deus
meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (v. 34). Isso significa,
portanto, que Jesus Cristo, quando deu esse grito – já estava dependurado há
seis horas na cruz em pavorosa solidão! Significa que durante seis horas
inteiras Ele esteve sem o Pai, sim, até mesmo Deus O abandonou. Que nessas seis
horas na cruz Ele esteve sem o Pai é provado pelo fato de Ele – que normalmente
sempre falava do Pai quando se referia a Deus – ter clamado a Deus. E que Ele
estava também sem Deus é mostrado por Suas palavras desesperadoras: “... por
que me desamparaste?" Apesar de Ele clamar a Deus, Deus O havia
abandonado!
Nesse
sentido, as palavras do centurião romano contêm um simbolismo profundo e
trágico: "O centurião que estava em frente dele, vendo que assim expirara,
disse: Verdadeiramente este homem era Filho de Deus" (v. 39).
Jesus
estava ali dependurado como homem, cuja aparência estava profundamente
desfigurada, a quem todo o mundo desprezava, e virava o rosto. A respeito desse
momento, o profeta Isaías já predisse à aproximadamente 700 anos antes de
Cristo: "...o seu aspecto estava mui desfigurado, mais do que o de outro
qualquer, e a sua aparência mais do que a dos outros filhos dos homens... Era
desprezado, e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que
é padecer; e como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele
não fizemos caso" (Is 52.14b; 53.3).
“Quando
chegaram a lugar chamado Calvário (que quer dizer caveira), ali o crucificaram,
bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda.” Lucas 23:33
Parece
que a multidão não estava muito preocupada com os outros dois criminosos. É
certo, eles haviam cometido delitos e mereciam pagar o preço de suas faltas. As
atenções, no entanto, estavam voltadas ao homem Jesus, na cruz do centro.
Vamos
dar um nome à cada cruz:
·
A
cruz central, chamaremos de Redenção; Jesus Cristo morria como oferta pelo
pecado;
·
À
da esquerda, Rejeição um outro ladrão morria; mas em seus pecados.
·
À
da direita, Aceitação. Um ladrão morria para o pecado
Meditemos
um pouco nessas três cruzes:
- À esquerda de Jesus, na cruz que chamamos cruz
da Rejeição, estão representados todos os que buscam alcançar sua salvação
por esforços pessoais. Nela estão aqueles que como as autoridades dizem: “Salvou
aos outros; que se salve a si mesmo se é, de fato, Cristo de Deus, o
escolhido”. Lucas 23:35. Lá também estão outros, como o soldado, e dizem: “Se
tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo.” Lucas 23:37.
Na
cruz da Rejeição estão aqueles que como o ladrão dizem: “Não és tu o Cristo?
Salva-te a ti mesmo e a nós também.” (Lucas
23:39)
Todos
aqueles que buscam a salvação pelos seus próprios esforços, estão nesta cruz, a
cruz da Rejeição. O mais triste: Tão perto de Jesus e da Salvação, mas ainda
assim, totalmente perdido.
- À direita de Jesus, na cruz que chamamos Cruz
da Aceitação, do Reconhecimento. Um malfeitor, mas que ao ver Jesus,
reconheceu ser Ele o “Filho de Deus”. Fez uma reflexão sobre sua vida de pecado
e chegou à conclusão de que merecia a “pena capital”.
Este,
impressionado com a postura, o equilíbrio e o controle de Jesus sentindo tanta
dor, sofrimento e tortura, e, ao ver seu colega zombar dizendo: “Não és tu o
Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também” (Lucas 23:39), não suportou o peso
da consciência e disse: ”Nem ao menos temes a Deus estando sob igual sentença?
Nós na verdade com justiça, porque recebemos o castigo que nossos atos merecem;
mas este nenhum mal fez.” Lucas 23:40, 41.
O
ladrão da cruz da Aceitação aceitava e reconhecia a pena de seus crimes, mas
não estava preparado para além da morte. Agora não mais temia os parentes,
amigos, juízes nem a nação toda. Estava preso, crucificado, não podia fazer
nada a não ser pensar e falar. Naquelas horas de sofrimento ele espontaneamente
clamou: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino.” (Lucas 23:42).
O
ladrão, na cruz da Aceitação, não podia ir à sinagoga confessar seus pecados;
não podia procurar aqueles de quem furtara para pedir perdão e devolver o
furtado. Não podia ser batizado. Nada podia fazer senão exercer a fé, e fé em
Deus. Isto ele fez, e graças a Deus, foi salvo, quando ouviu Jesus dizer: “Na
verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso.” Lucas 23:43. E assim somente
por crer, o ladrão convertido recebeu a certeza da vida eterna.
A
CRUZ DO MEIO: Na cruz central, estava pregado Jesus Cristo. Com seus braços
abertos, como que abraçava o mundo todo. Todos os pecadores, num gesto de
convite, amor e salvação. O homem, Jesus
Cristo, morria para pagar o preço dos pecados de todos os homens. O pecado que
trouxera a separação, ruína e morte. Jesus Cristo restabeleceu a ligação entre
o céu e a terra, fazendo com que o homem e o seu Deus pudessem estar
reconciliados e unidos de novo.
Cada
um de nós é colocado hoje numa posição de escolha: ou aceitamos a salvação que
nos é oferecida em Cristo ou rejeitamos este oferecimento. Tudo depende de
nossa escolha; mas sobre nós repousam as consequências de vida eterna ou perdição.
VOLTEMOS
PARA DEUS. Quem precisa se reconciliar com Deus?
·
O
pecador que nunca se converteu a Cristo, e
·
O
cristão desviado – aquele que começou a andar com Deus e desviou.
Ao
Pecador Que Ainda Não Se converteu - Jesus enviou os apóstolos ao mundo para
pregar a mensagem da reconciliação. “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e
pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15). A palavra que eles falaram
e escreveram tinha um propósito fundamental: “Estes, porém, foram registrados
para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo,
tenhais vida em seu nome” (João 20:31). Para reconciliar-se com Deus, o pecador
que ouve a mensagem de Cristo precisa reagir. É necessário
a)
Crer
em Jesus. Ele “Porque, se não crerdes que EU SOU, morrereis nos vossos pecados”
(João 8:24).
b)
Confessar
a fé em Jesus. A fé verdadeira nos leva, naturalmente, à confissão aberta.
Paulo escreveu: “Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se
confessa a respeito da salvação” (Romanos 10:10). Jesus disse: “Portanto, todo
aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de
meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, também
eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 10:32-33).
c)
Arrepender-se
dos pecados. Foi o pecado que nos afastou de Deus, e o arrependimento do pecado
é uma das condições para nos reconciliar com o Senhor. Jesus disse: “Se, porém,
não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis” (Lucas 13:3,5). Pedro
pregou a mesma mensagem ao povo de Jerusalém: “Arrependei-vos, pois, e
convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados” (Atos 3:19).
d)
Ser
batizado para remissão dos pecados. Jesus disse: “Quem crer e for batizado será
salvo” (Marcos 16:16). Pedro respondeu a pergunta dos judeus: “Arrependei-vos,
e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão de vossos
pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38).
Ao
Cristão que se Desviou - Uma boa parte do Novo Testamento foi escrita para
ajudar os cristãos manterem-se no caminho do Senhor. Não devemos desviar, mas
existe o perigo real de cair na tentação e se afastar novamente de Deus. No
entanto, veja o que nos escreveu o Apóstolo João: (1 João 2:1-2)... Meus
filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar,
temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação
pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o
mundo.
Você
saiu dos Caminhos do Senhor? Faça como o Filho Pródigo: Tres atitudes:
1
- O filho reconheceu sua situação; não era necessário sofrer tanto. Ele se
lembrou da bondade de seu pai: “Então, caindo em si, disse: Quantos
trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome!” (Lucas
15:17); Decidiu agir em humildade Disse consigo: “Levantar-me-ei, e irei ter
com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou
digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores” (Lucas
15:18-19). “E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando
seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou. E o
filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de
ser chamado teu filho” (Lucas 15:20-21). Que Deus nos ajude a escolhermos a
Cristo hoje, e agora mesmo para podermos herdar a vida eterna.
Apóstolo
João Marcos.
Fonte:
Bíblia Sagrada e Estudos.
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